Hoje na Economia 11/06/2019
Edição 2273
11/06/2019
A abertura dos mercados internacionais sugere um dia de alta, levando-se em conta que os índices futuros tanto dos Estados Unidos como da Europa registram valorizações, neste momento. Na mesma direção, dado o cenário de menor aversão ao risco, a moeda americana encontra-se estável frente as demais moedas e as cotações do petróleo estão em alta. Os investidores mantém o tom otimista depois de os EUA e o México terem chegado a um acordo sobre a crise migratória, no fim da semana passada, evitando que a Casa Branca aplicasse tarifas a todos os produtos mexicanos.
As bolsas da Ásia fecharam em alta nesta terça-feira. As bolsas chinesas lideraram o movimento, após Pequim anunciar novas medidas para estimular o crescimento da China. O governo deve apoiar a emissão de bônus pelos governos regionais, com o propósito de financiar grandes projetos em infraestrutura. Em Xangai, o índice Composto subiu 2,58%, registrando o seu maior ganho em um mês. Em Washington, o presidente Donald Trump voltou a ameaçar a tarifar mais US$ 300 bilhões em produtos chineses se o presidente Xi Jinping não comparecer a reunião do G-20 prevista para o fim do mês. Em Tóquio, o índice japonês Nikkei fechou a sessão de hoje com alta moderada de 0,33%, ajudada pelo enfraquecimento do iene em relação ao dólar durante o pregão. Nesta manhã, o dólar é negociado a US$ 108,68 ienes, subindo em relação ao valor de 108,44 ienes de ontem à tarde. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng subiu 0,76% em Hong Kong; o sul-coreano Kospi avançou 0,59% em Seul; em Taiwan, o Taiex mostrou ganho de 0,39%.
Na Europa, as bolsas locais operam em alta, estimuladas pelo rali ocorrido nas bolsas chinesas após o governo anunciar medidas para estimular a segunda maior economia do mundo. O índice pan-europeu de ações STOXX600 opera com ganho de 0,94%, nesta manhã. Demais mercados seguem mesma direção: Londres +0,48%; Paris +0,79%; Frankfurt +1,31% O euro é cotado a US$ 1,1318, subindo ante o valor de US$ 1,1313 no fim da tarde de ontem.
No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe 2,25%, situando-se em 2,1709% ao ano. O dólar encontra-se relativamente estável diante das principais moedas. No mercado de ações, expectativa de uma abertura em alta, conforme o comportamento dos futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York. O futuro do Dow Jones sobe 0,43%; do S&P 500 avança 0,47%; Nasdaq tem ganho de 0,69%. Será divulgada a inflação ao produtor (PPI) de maio, que deve ter subido 1,9%, enquanto o núcleo do índice (Core PPI) deve ter alta de 2,3%, ambos na métrica anual, segundo as projeções do mercado.
Os futuros de petróleo operam em alta nesta manhã, beneficiados pelo ambiente de maior apetite ao risco e pela estabilidade do dólar americano. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para julho é negociado a US$ 53,83/barril, com alta de 1,07%.
A influência positiva do exterior sobre os ativos brasileiros pode ser prejudicada pelo ambiente político doméstico. Governadores se reúnem em Brasília para tentar convencer suas bancadas estaduais a manterem Estados e Municípios na reforma da Previdência, neste momento em que o relator está finalizando o texto a ser votado pela Comissão Especial da Câmara. Hoje também está prevista a votação do crédito suplementar que o governo solicitou ao Congresso (às 11h) na Comissão Mista do Orçamento. Se aprovado, o pedido será levado à sessão conjunta do Congresso Nacional, marcada para as 14h.