Hoje na Economia – 11/06/2021

Hoje na Economia – 11/06/2021

Os principais mercados acionários globais terminam a semana mostrando o mesmo padrão que caracterizou seu comportamento ao longo da semana: sustenta a trajetória de alta ainda que através de modestas variações. O yield dos treasuries recua, em linha com a percepção de que as atuais pressões inflacionárias são transitórias, favorecendo a manutenção das políticas estimulativas praticadas pelos bancos centrais.

O juro pago pelo T-Bond de 10 anos flutua em torno de 1,43% ao ano, o menor nível desde março último. A alta da inflação americana captada pelo índice de preços ao consumidor (CPI) de maio, que veio acima das previsões dos analistas, foi vista como resultado de fatores relacionados à abertura da economia, reforçando apostas em sua transitoriedade, devendo arrefecer ao longo dos próximos meses. O dólar flutua sem definir uma trajetória clara. O índice DXY do dólar registra alta modesta de 0,07% no momento, situando-se em 90,14 pontos. O euro é negociado a US$ 1,2163, perdendo -0,06%; a libra vale US$ 1,4160, desvalorizando -0,12%; o iene é negociado a ¥/US$ 109,52, depreciando -0,17%. No mercado de ações, os índices futuros das bolsas de Nova York operam com altas modestas, em movimento de ajuste após a alta dos mercados à vista no pregão de ontem. O futuro do Dow Jones registra valorização de 0,13%; S&P 500 sobe modestos 0,05%; Nasdaq avança 0,05%. Nesta manhã, a Universidade de Michigan divulga o índice preliminar do sentimento do consumidor de junho, que deve subir para 84,4 (82,9 em maio), segundo as projeções do mercado.

Na Ásia, a maioria das bolsas de ações fechou em alta, animadas pelos sinais de que os bancos centrais manterão o suporte monetário diante de pressões inflacionárias vistas como temporárias. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific subiu 0,30% no pregão de hoje, impulsionado por ações de tecnologia, com destaque para Meituan e TSMC. No Japão, o índice Nikkei teve baixa marginal de 0,03% em Tóquio. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,36%, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,77% em Seul; em Taiwan, o Taiex valorizou 0,32%. Na China, o índice Xangai Composto caiu 0,58%, prejudicado por ações ligadas ao consumo.

As bolsas europeias exibem altas firmes nesta manhã, com investidores convencidos de que os bancos centrais manterão suas políticas estimulativas por longo tempo à medida que avaliam como transitórias as pressões inflacionárias atuais. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, sobe 0,36% nesta manhã, enquanto em Londres, o FTSE100 avança 0,52%. Em Paris, o CAC40 tem ganho de 0,44%; o DAX tem alta moderada de 0,14% em Frankfurt. No Reino Unido, a produção industrial caiu 1,3% em abril frente a março, vindo abaixo das projeções do mercado (alta de 1,0% m/m). Em relação a abril de 2020, a produção industrial inglesa subiu 27,5%.

No mercado de petróleo, as cotações vêm se consolidando acima de US$ 70/barril diante de perspectivas positivas que cercam a demanda pela commodity. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para julho é negociado a US$ 70,37/barril, com alta de 0,11%.

Na agenda doméstica, o IBGE divulga às 9h a pesquisa mensal de serviços (PMS) de abril. Apesar do recrudescimento da pandemia no mês, os baixos níveis de mobilidade vistos no período embasam expectativas otimistas para o dado. Os analistas esperam aumento de 18,9% no volume de serviços na comparação com igual mês de 2020. Diante da indefinição que marca o comportamento do dólar no mercado externo, o real deve oscilar entre altos e baixos; os juros flutuarem entre margens estreitas e a Bovespa subir.

Topo