Hoje na economia – 11/07/2022

Economia Internacional

Nos EUA, o payroll, divulgado na última sexta-feira, mostrou criação de 372 mil vagas ante expectativa de 265 mil. A taxa de desemprego manteve-se estável em 3,6% e os salários cresceram 0,3% M/M e 5,1% A/A, em linha com o esperado. A leitura é que o dado diminui o risco de recessão no curto prazo, e é consistente com o tom hawkish nos discursos dos membros do FED e com uma política monetária mais contracionista, corroborando cenário de mais uma alta de juros de 75 pb na reunião de julho e outra alta de 50 pb em setembro.

Na China, os dados de crédito divulgados no final da última semana vieram acima do esperado e mostraram impacto dos estímulos do governo chinês e do processo de reabertura recente. Entretanto, o otimismo com os dados positivos foi contrabalanceado pelo noticiário negativo, novamente associado à Covid-19 no país, que reportou a continuação do surgimento de novos casos e cidades se fechando para a realização de testagem em massa.

Para hoje, a agenda global está esvaziada de dados relevantes. Williams, do Fed NY, discursa nesta tarde.

Economia Nacional

O IPCA avançou 0,67% M/M em junho, marginalmente abaixo da estimativa da SulAmérica Investimentos (0,70%) e da mediana do mercado (0,71%), fechando o acumulado em 12 meses em 11,89%. A despeito do headline relativamente comportado, prevaleceu a leitura de mais um número qualitativamente ruim, com serviços subjacentes ainda pressionados e surpresa altista relevante em Alimentação fora do domicílio. O número, assim, corrobora uma visão de inflação resiliente e mais inercial, que somada ao estímulo fiscal da PEC dos Auxílios e à robustez do mercado de trabalho, dificulta a materialização da desinflação de serviços projetada à frente.

Os dados da Anfavea, divulgados na última sexta-feira, apontaram crescimento de 1,3% M/M na produção de veículos em junho. O número sugere produção industrial crescendo em junho e corrobora o viés altista nas projeções para o PIB deste ano.

Hoje a agenda doméstica conta com a divulgação do Relatório Focus. O IPC-Fipe da 1ª semana de julho avançou 0,43%, acima da expectativa de 0,3%.