Hoje na Economia – 11/10/2023
Cenário Internacional
Os discursos de membros do Fed, na margem, têm destacado o impacto do aperto recente das condições financeiras, que reflete o movimento de abertura dos juros longos nos EUA, sobre os próximos passos de política monetária, na medida em que o nível mais apertado de condições financeiras poderia reduzir a necessidade de altas adicionais de juros até o final do ano.
Na Zona do Euro, as expectativas de inflação apuradas pelo Banco Central Europeu (ECB) em agosto vieram mais altas do que o esperado e aceleraram em relação ao mês anterior. A inflação esperada para os próximos 12 meses subiu de 3,4% para 3,5%, enquanto a expectativa para a inflação de 3 anos à frente veio em 2,5%, acima do esperado (2,4%) e da meta do ECB (2,0%).
Para hoje, a agenda global contou com a divulgação da inflação ao produtor nos EUA em setembro. Os preços ao produtor subiram 0,5% M/M, surpreendendo a projeção consensual dos analistas (0,3% M/M) e consistentes com variação interanual de 2,7%. O núcleo que exclui os preços de alimentos e energia também veio acima do esperado (0,3% M/M vs. 0,2% M/M). À tarde, ainda será divulgada a ata da última reunião do FOMC, e Waller e Collins, do Fed, discursam.
Cenário Brasil
No âmbito local, o destaque da agenda de hoje foi a divulgação do IPCA de setembro, que registrou variação de 0,26% M/M, ligeiramente abaixo da expectativa da SulAmérica Investimentos (0,28% M/M) e da projeção mediana do mercado (0,33% M/M), de modo que a alta acumulada em 12 meses acelerou para 5,19%. A abertura qualitativa do dado seguiu mostrando composição benigna conforme esperado pela SulAmérica, com núcleos e métricas subjacentes em desaceleração, e corrobora a visão de continuidade do processo de desinflação.