Hoje na Economia – 11/11/2024

Hoje na Economia – 11/11/2024

Cenário Internacional

Na China, os dados econômicos vieram piores do que o esperado, com deflação e resultados negativos no crédito, sinalizando uma desaceleração mais intensa. Esses números reforçam as preocupações com a recuperação do país e aumentam a atenção sobre possíveis novos estímulos do governo. Nos Estados Unidos, o membro do Federal Reserve, Neel Kashkari, afirmou que uma economia robusta pode elevar a taxa neutra, reduzindo o espaço para cortes de juros no futuro, o que trouxe alguma reação nos mercados de juros. As bolsas permaneceram fechadas devido a feriado no país.

No cenário político, a apuração das eleições americanas indica que os republicanos devem manter a maioria na Câmara dos Representantes. Esse resultado, caso confirmado, aumentaria a facilidade para o presidente eleito implementar sua agenda legislativa, reforçando o alinhamento entre o Executivo e o Congresso.

Cenário Brasil

O mercado local permanece em compasso de espera pelo pacote fiscal do governo, com expectativas ainda incertas. Notícias recentes apontam para o risco de desidratação das propostas, com cortes de gastos mais tímidos do que o inicialmente previsto, aumentando o prêmio de risco nos ativos brasileiros. Além disso, o relatório Focus trouxe revisões altistas importantes para as projeções de inflação. A inflação esperada para 2024 foi elevada de 4,59% para 4,62%, enquanto a projeção para 2025 subiu de 4,03% para 4,10%. Para 2026, o aumento foi de 3,61% para 3,65%. Essas revisões indicam um cenário de persistência inflacionária, o que representa um desafio significativo para a política monetária nos próximos anos.

Com isso, o Banco Central segue pressionado, especialmente com a Selic projetada em 11,75% ao final de 2024 e 11,50% ao final de 2025, refletindo a necessidade de manter juros elevados para ancorar as expectativas de inflação.

O resultado primário do Governo Central, aguardado para breve, será um ponto de atenção importante, trazendo possíveis sinais sobre a sustentabilidade fiscal e a condução econômica do país.

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