Hoje na Economia – 12/01/2021
Mercados operam em alta moderada nesta terça-feira, buscando se recuperar das quedas de ontem, em dia de agenda econômica esvaziada. Apesar da preocupação diante do avanço da covid-19 em várias partes do globo, investidor se mantém otimista diante do desenvolvimento de vacinas e da iminência de novos estímulos fiscais nos EUA.
Na Ásia, as bolsas de ações da região operaram sem direcional único, com investidor preocupado com a disseminação do coronavírus em diversas áreas da região. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, fechou com alta de 0,30%. No Japão, onde o governo planeja adotar o estado de emergência para mais áreas no país, o índice Nikkei apurou ganho modesto de 0,09% em Tóquio. No mercado de moedas, o dólar é cotado a 104,19 ienes, pouco abaixo do valor de 104,23 ienes de ontem à tarde. O sul-coreano Kospi recuou 0,71% em Seul, ainda em movimento de realização de lucros após o recente rali que levou o índice a níveis históricos de alta. As bolsas na China foram o destaque de alta na Ásia. O índice Xangai Composto terminou o dia em forte alta, de 2,18%, enquanto a moeda local, yuan, atingiu seu maior valor diante de uma cesta de moedas desde 2018, alimentada pelo otimismo diante da expectativa de crescimento da economia chinesa. Em Hong Kong, o índice Hang Seng valorizou 1,32%.
Na Europa, as bolsas locais operam em alta nesta manhã, buscando uma recuperação diante das perdas de ontem. Apesar de algum otimismo com o programa de vacinação em curso em diversos países, o crescimento de casos da doença em todo o globo e a retomada de lockdown para conter a pandemia continua causando desconforto entre os investidores. O índice pan-europeu de ações STOXX600 registra alta modesta de 0,23%, no momento. Em Londres, o FTSE100 recua discretos 0,05%; o CAC40 avança tímidos 0,05% em Paris; em Frankfurt, o DAX sobe 0,28%. O euro é negociado a US$ 1,2173, se valorizando 0,18%, nesta manhã.
Nos EUA, a agenda esvaziada abre espaço para um ajuste técnico nos preços dos ativos em geral, após os ganhos e perdas recentes. O índice DXY do dólar, que mede o valor da moeda americana diante de seis moedas fortes, opera com ligeiro recuo de -0,05%, situando-se em 90,42%, num processo de acomodação após as altas recentes. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos permanece, praticamente, estável em 1,15% ao ano. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta moderada: Dow Jones: 0,25%; S&P 500 : 0,27%; Nasdaq:0,31%.
No mercado de commodities, o índice geral da Bloomberg sobe 1,01%, com destaque para o petróleo. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para março, é negociado a US$ 52,87/barril, se valorizando 1,22%, nesta manhã.
Na agenda econômica doméstica, o IBGE divulga o IPCA de dezembro. A inflação oficial deve ter subido 1,21% no mês, fechando 2020 com inflação acumulada de 4,31%. A elevação no mês é justificada pelas pressões pontuais de alimentos, energia elétrica e passagens aéreas. A Bovespa deve abrir em alta em linha com os índices futuros de Nova York, também tentando recuperar parte das perdas de ontem. O real e juros futuros podem operar menos pressionados no dia de hoje em linha com o exterior. No entanto, o pessimismo é alimentado pela tensão política em Brasília e os riscos fiscais presentes, em meio ao recrudescimento da pandemia, sem perspectivas claras de quando se poderá contar com uma ampla campanha de vacinação da população.