Hoje na Economia – 12/03/2021
Sinais de fortalecimento do mercado de trabalho americano e a promulgação do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão pelo presidente Joe Biden impulsionaram os rendimentos das Treasuries longas, que chegaram a superar 1,6% ao ano ao longo da madrugada. Mercados de ações começam o dia em baixa, enquanto o dólar ganha força.
O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a uma cesta de seis moedas fortes, encontra-se em 91,83 pontos, com alta de 0,45%, no momento. O euro é cotado a US$ 1,1933 (-0,43%); Libra vale US$ 1,3940 (-0,36%); iene ¥ 109,08/US$ (-0,53%). O yield pago pela T-Note de 10 anos subiu 6 pontos base, para 1,59% ao ano, reavivando temores de pressões inflacionárias e possível aperto monetário. Nas próximas horas, os investidores irão acompanhar a divulgação dos números da inflação ao produtor (fevereiro) e confiança do consumidor (março) da Universidade de Michigan. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa no momento: Dow Jones –0,15%; S&P 500 -0,50%; Nasdaq -1,55%.
Na Ásia, as bolsas fecharam em alta pelo quarto pregão consecutivo, impulsionadas pela forte valorização das ações de tecnologia. O índice MSCI Asia Pacific apurou ganho modesto de 0,10%, na sessão de hoje. No Japão, o índice Nikkei registrou valorização de 1,73%, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 1,35% em Seul e o Taiex valorizou 0,47% em Taiwan. Na China, o índice Xangai Composto apurou ganho de 0,47%. Exceção foi a bolsa de Hong Kong, onde o Hang Seng registrou perda de 2,20%, refletindo a queda nas ações da Tencent e Meitun, após o regulador de mercados da China ter multado essas e outras empresas de internet por violação de leis antitruste.
Na Europa, ainda repercute a promessa do Banco Central Europeu (BCE) de acelerar as compras de bônus para evitar a deterioração das condições financeiras, após os juros das Treasuries e de bônus europeus avançarem nas últimas semanas. A alta desses títulos alimenta temores de pressões inflacionárias e possível reversão de estímulos adotadas para defender a economia da pandemia de covid-19. No momento as bolsas da região operam em baixa. O índice STOXX600 recua 0,39%; em Londres, o FTSE100 tem queda discreta de 0,12%; em Frankfurt, o DAX perde 0,49%; em Paris, o CAC40 oscila em torno da estabilidade.
No mercado de petróleo, o contrato futuro do produto tipo WTI é negociado a US$ 65,58/barril, com queda de 0,67%, refletindo movimentos de realização de lucros após os ganhos recentes, decorrentes, em partes, pela Opep que elevou a sua estimativa para a demanda global pela commodity.
No Brasil, o IBGE divulga as vendas no varejo de janeiro, que no conceito restrito devem ter apresentado queda de -0,1% m/m e alta de 0,1% a/a. Para o conceito ampliado, as vendas devem subir 0,1% m/m e recuarem -0,5% a/a, segundo as projeções do mercado. A Bovespa deve acompanhar os futuros de Nova York, abrindo em queda. No câmbio, continuam as intervenções do BC buscando estabilizar a moeda, visando esvaziar apostas em um mini choque de juros no Copom da próxima semana. Os juros futuros, nos vértices mais longos, devem subir, acompanhando o rendimento dos Treasuries.