Hoje na Economia – 12/07/2021
Sem deixar de lado as preocupações com o impacto da variante delta do coronavírus na retomada global, os investidores estarão atentos à divulgação dos balanços do 2º trimestre e aos novos dados sobre a inflação nos EUA. Nesta semana, serão divulgados os resultados de JPMorgan; Bank of America; Delta Air Lines e Pepsi. A inflação ao consumidor assume o centro do palco. Os choques de oferta e avanço da demanda com a abertura da economia devem manter a inflação americana em 5% no mês de junho em relação a um ano atrás.
No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa nesta manhã. O futuro do Dow Jones recua 0,28%, enquanto o S&P 500 cai 0,15%. O Nasdaq flutua entre altas e baixas modestas. O índice DXY do dólar, que mede as variações da divisa americana diante de uma cesta de moedas, sobe 0,08% no momento, situando-se em 92,20 pontos. Os juros dos Treasuries recuam dois pontos base para 1,34% ao ano, enquanto se aguarda pelos leilões de títulos pelo Departamento do Tesouro a serem realizados hoje. Espera-se também pelo dado de inflação ao consumidor (terça-feira) e pelo pronunciamento do presidente do Fed, Jerome Powell, no Congresso, na próxima quinta-feira.
Na Ásia, os mercados de ações fecharam majoritariamente em alta, nesta segunda-feira. O índice regional de ações subiu 1,10%, depois de quatro pregões em queda. O bom humor foi estimulado pela decisão do banco central de China (PBoC) de cortar o compulsório bancário na sexta-feira, liberando recursos para empréstimos, buscando estimular a atividade econômica chinesa. A expectativa de sustentação do crescimento da segunda maior economia do mundo deixou em segundo plano as preocupações sobre a disseminação da variante delta do novo coronavírus. O índice Xangai Composto fechou com alta de 0,67%, enquanto o Hang Seng subiu 0,62% em Hong Kong. No Japão, o índice Nikkei apurou ganho de 2,25% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi valorizou 0,89% em Seul. Em Taiwan, o Taiex registrou alta de 0,87%. A moeda japonesa é cotada a ¥ 110,08/US$, valorizando 0,08%, no momento.
No mercado europeu, em dia de agenda esvaziada, as principais bolsas da região iniciam a semana operando no vermelho. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera em torno da estabilidade, no momento. Em Londres, o FTSE100 recua 0,48%; o CAC40 perde 0,33% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem queda modesta de 0,03%. O euro permanece estável em torno do valor de US$ 1,1871, após a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, afirmar que deve anunciar novas sinalizações (guidance) sobre estímulos monetários, nos próximos dez dias.
No mercado de petróleo, os contratos futuros operam em baixa, em meio às incertezas sobre os planos de produção da Opep+ nos próximos meses. Nesta manhã, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para agosto é negociado a US$ 73,54/barril, caindo 1,35%.
No mercado doméstico, o IPC-Fipe da 1ª quadrissemana de julho subiu 0,86%, acelerando frente à alta de 0,81% do fechamento de junho. Habitação e alimentação foram os grupos que mais pressionaram o índice no período. A volatilidade deverá se manter elevada nesta semana, dado o ambiente político interno conturbado, empurrando o investidor para a defensiva. Esse ambiente desfavorece o real e os demais ativos brasileiros. Nos DIs, a parte curta da curva parece se firmar na aposta de manutenção do ritmo de alta de 75 bps no Copom de agosto, enquanto os contratos longos ficam sujeitos à percepção de risco. A Bovespa vai depender de estímulos externos para recuperar os 125 mil pontos.