Hoje na Economia – 12/09/2019

12/09/2019

Edição 2338

Mercados financeiros estão ligeiramente mais otimistas pela manhã, após anúncios melhores na
guerra comercial. Ontem o governo chinês isentou uma série de produtos americanos de tarifas
por um ano. Algumas horas depois, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que o
aumento de tarifas sobre US$ 250 bi de importações vindas da China será adiado de 1o de
outubro para 15 de outubro, devido ao aniversário da fundação da República Popular da China.

As bolsas na Ásia fecharam em alta com essas notícias. O índice MSCI Asia Pacific subiu 0,5%,
com altas de 0,75% na bolsa de Xangai e no índice Nikkei225 de Tóquio. O iene está se
depreciando levemente contra o dólar, -0,06%, cotado a ¥/US$ 107,89. A inflação ao produtor
no Japão veio ligeiramente abaixo do esperado (-0,3% M/M contra -0,2% M/M), enquanto o
investimento externo direto na China subiu 3,6% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Na Europa, as bolsas da região operam sem direção única, aguardando a reunião do Banco
Central Europeu (BCE), que ocorrerá às 08:45 no horário de Brasília. O mercado espera, de
forma geral, que sejam anunciadas mais medidas de estímulo monetário, porém nessa semana
houve boatos de que o BCE pode decepcionar os participantes do mercado. O parlamento
holandês, por exemplo, enviou uma mensagem ao presidente do BCE, Draghi, que sairá daqui a
um mês, contra a possibilidade de diminuir a taxa de juros ainda mais, pois isso afetaria
negativamente os fundos de pensões locais. O índice pan europeu STOXX600 cai -0,09%, com
recuos de -0,03% no FTSE100 de Londres e -0,06% no CAC40 de Paris. O DAX de Frankfurt,
por outro lado, sobe 0,12%. O euro está se apreciando contra o dólar, 0,13%, cotado a US$/€
1,1024.

No mercado americano, o índice futuro do S&P500 sobe 0,16%. Os juros futuros americanos
estão em queda, com o título de 10 anos pagando 1,724% a.a., contra 1,7385% a.a. no
fechamento de ontem. O dólar está se desvalorizando contra outras moedas, com o índice DXY
recuando -0,11%. Hoje será divulgado o dado de inflação ao consumidor referente a agosto,
sendo que a expectativa é de arrefecimento na margem (de 0,3% M/M para 0,2% M/M no
núcleo), mas alta na comparação A/A (de 2,2% A/A para 2,3% A/A no caso do núcleo).

Os preços de commodities operam sem direção única hoje, com o índice geral da Bloomberg
praticamente estável (+0,01%). Há queda de -0,74% no preço do barril de petróleo tipo WTI,
negociado a US$ 55,34. Nas commodities metálicas, o cobre cai -0,90% enquanto o níquel sobe
1,10%.

Hoje no Brasil deve ser divulgada a pesquisa mensal de serviços, referente a julho. A
expectativa é de que o dado fique melhor, passando de -3,6% A/A em junho para +0,4% A/A
em julho. O Ibovespa hoje deve subir, com as melhores notícias sobre comércio mundial. O
real, por sua vez, deve se valorizar diante do dólar, ajudado pela maior expansão monetária
nos países desenvolvidos. Os juros futuros devem ser impactados pelo dado de atividade
doméstica hoje, mas, de forma geral, devem seguir em patamar baixo.00