Hoje na Economia – 12/12/2022

Economia Internacional

Nos EUA, os dados de inflação divulgados na última sexta-feira mostraram panorama misto no curto-prazo, com os preços ao produtor ainda pressionados e alívio, na margem, na expectativa para inflação prospectiva. A inflação ao produtor avançou 0,3% M/M em novembro, acima do esperado pelo mercado (0,2% M/M), chegando a 7,4% na comparação interanual. Também houve surpresa altista no núcleo, que teve alta de 0,4% M/M – ante 0,2% M/M esperado – e teve contribuição para cima de alimentos e serviços. Por outro lado, a leitura preliminar da pesquisa de confiança do consumidor da Universidade de Michigan de dezembro veio acima do esperado no índice de sentimento (59,1 contra 57), com a expectativa para a inflação de 1 à frente ficando em 4,6%, abaixo do esperado pelo mercado e do dado anterior (4,9%). A inflação esperada para 5 a 10 anos manteve-se em 3%.

Na China, os dados de crédito divulgados no overnight surpreenderam para baixo as expectativas de mercado, que esperavam crescimento maior com os estímulos monetários impostos pelo Banco Central chinês (PBOC). O financiamento agregado em novembro foi de 1,99 trilhões de yuans, abaixo do esperado pelo mercado (2,1 trilhões).

Hoje a agenda global segue esvaziada e sem destaques.

Economia Nacional

No âmbito local, o IPCA de novembro, que foi divulgado na última sexta-feira, apresentou variação de 0,41% M/M, abaixo do esperado pela SulAmérica Investimentos (0,55% M/M) e da mediana de mercado (0,54% M/M), consistente com alta acumulada de 5,9% nos últimos 12 meses. A surpresa baixista no dado derivou, em parte, de itens de higiene pessoal, como perfume, e de alimentação, o que contribuiu para o arrefecimento dos núcleos. No todo, a leitura é de que o dado de novembro corrobora a visão de materialização do processo de desinflação.

Também na última sexta-feira, Lula anunciou os primeiros nomes de ministros do novo governo, com destaque para a nomeação de Fernando Haddad para o Ministério da Fazenda.

Para hoje, a agenda doméstica de dados contou com a divulgação do Relatório Focus, que trouxe nova revisão baixista para a inflação de 2022, de 5,92% para 5,79%, enquanto as projeções para 2023 e 2024 mantiveram-se estáveis em 5,08% e 3,50%, respectivamente. Para 2025, o IPCA esperado subiu ligeiramente, de 3,0% para 3,02%. Em termos de juros e crescimento, não houve revisões. No front político, ocorre a diplomação de Lula e Alckmin em Brasília.