Hoje na Economia – 13/03/2020

Hoje na Economia – 13/03/2020

As principais bolsas internacionais voltaram a subir, nesta sexta-feira, pela simples razão de que caíram muito nos últimos dias.

Na Ásia, mercados acionários regionais ainda amargaram pesadas perdas, num leitura pessimista de que os esforços dos principais bancos centrais do mundo (Fed inclusive) serão insuficientes para impedir a desaceleração da economia mundial devido à epidemia do coronavírus. Desde a semana passada, governos e bancos centrais têm anunciado medidas com intuito de amenizar o impacto econômico da doença. Tanto o Fed, como o Banco da Inglaterra (BoE) anunciaram recentes cortes de juros extraordinários. Já o Banco Central Europeu (BCE) decepcionou ontem, ao manter seus juros inalterados, embora tenha anunciado novos empréstimos de longo prazo. O Banco do Japão tem dúvidas se a redução adicional dos juros – que no momento são negativos – seria a medida adequada para buscar amenizar o impacto econômico da epidemia.

Nas bolsas asiáticas, o índice japonês Nikkei sofreu um tombo de 6,08% em Tóquio, fechando o dia no menor nível desde 2016. O sul-coreano Kospi caiu 3,43% em Seul, depois de chegar a desvalorizar mais de 8%, acionando o dispositivo de circuit breaker que interrompeu o pregão por 20 minutos. Na China, os mercados locais tiveram perdas mais comedidas, em meio à expectativa de que o PBoC (banco central chinês) volte a reduzir os compulsórios bancários. O Xangai Composto recuou 1,23%. O Hang Seng caiu 1,14% em Hong Kong, após uma abertura em que o índice chegou a cair 7,4%. No mercado de moedas, a menor aversão ao risco reduziu o valor do iene ante ao dólar. No momento, o dólar é negociado a 106,16 ienes de 104,89 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, as bolsas de ações operam em alta firme, nesta manhã de sexta-feira. Tentam se recuperar das pesadas perdas que sofreram ontem, quando o índice pan-europeu STOXX600 teve queda de 11%, a maior de sua história, em meio à preocupação com o avanço do coronavírus e após o BCE decidir manter suas taxas de juros inalteradas. No momento, o STOXX600 registra alta de 2,79%. Em Londres, o FTSE100 sobe 3,57%; o CAC40 avança 2,91% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem valorização de 2,45%. O euro é negociado a US$ 1,1165 contra US$ 1,1171 de ontem à tarde.

Após operarem no vermelho durante boa parte da sessão asiática, os índices futuros da bolsa de ações de Nova York passaram subir com força, nesta manhã. No momento, o índice futuro do Dow Jones sobe 3,59%; S&P avança 3,69%; Nasdaq tem ganho de 4,04%. O rendimento dos Treasuries, também, passou do vermelho para o azul, denotando predominância de venda dos títulos e menor busca por segurança no dia de hoje. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 0,8913% ao ano, com alta de 10,8%, nesta manhã. O índice DXY encontra-se em 97,52 pontos, com ligeira flutuação diante desse patamar, sugerindo ligeira estabilidade para a moeda americana diante das moedas fortes.

Os preços do petróleo buscam uma recuperação no dia de hoje, tentando recuperar parte do terreno perdido nos últimos dias em meio a preocupações com o coronavírus e uma guerra de preços protagonizada por Arábia Saudita e Rússia. Nesta manhã, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para abril é negociado a US$ 32,77/barril, com alta de 4,03%.

Por aqui, a Bovespa deve acompanhar os principais mercados internacionais: deve abrir em alta, buscando recuperar parte das perdas recentes, mesmo sem ter um claro gatilho motivador. O investidor continuará monitorando a expansão da doença por essas bandas, enquanto observa as atitudes do governo, tanto nos esforços para amenizar o impacto da epidemia sobre a economia brasileira, como também nos entendimentos com o Congresso para destravar a pauta das reformas.

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