Hoje na Economia – 13/04/2021
Mercados financeiros operam com cautela na manhã de terça-feira, preocupados com o dado de inflação ao consumidor que será divulgado nos EUA. Ainda assim, a maior parte das bolsas tem ligeira alta.
Na Ásia, os principais mercados fecharam com pequena variação positiva, com a alta na China virando forte queda devido a notícias de que o governo chinês deve impor mais regulações sobre o setor de tecnologia. O índice regional MSCI Asia Pacific subiu 0,2%, mas com a bolsa de Xangai diminuindo -0,48%. O índice Hang Seng de Hong Kong chegou a subir 1,5%, mas no final do pregão teve alta de apenas 0,15%. Por outro lado, houve altas de 0,72% no Nikkei225 do Japão e 1,07% no KOSPI de Seul. O iene está se valorizando diante do dólar, +0,04%, cotado a ¥/US$ 109,34. A balança comercial chinesa veio abaixo do esperado (superávit de US$ 13,8 bi contra expectativa de US$ 52,0 bi) em março, com menor alta em exportações (30,6% A/A contra 38,0% A/A) e maior alta em importações (38,1% A/A contra 24,4% A/A).
Na Europa as bolsas operam em sua maioria em alta. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,22%, impulsionado pelas altas de 0,40% no CAC40 de Paris e 0,31% no DAX de Frankfurt. O FTSE100 de Londres recua -0,07%, por outro lado. O euro está se desvalorizando diante do dólar, -0,14%, cotado a US$/ €1,1894. O índice ZEW de expectativas na Alemanha veio abaixo do esperado nas expectativas (70,7 contra 79,0), mas melhor na situação atual (-48,8 contra -54,1). Na Zona do Euro como um todo o índice de expectativas ZEW também recuou de 74,0 em março para 66,3 em abril.
Os índices futuros de ações nos EUA estão mistos, com altas de 0,23% no Dow Jones e 0,07% no S&P500, mas queda de -0,01% no NASDAQ. Os juros futuros estão subindo ligeiramente, cerca de 2 pb no caso da Treasury de 10 anos, cujo yield está em 1,68% a.a.. O dólar está ganhando valor contra moedas de países desenvolvidos, com o índice DXY subindo 0,05%. Contra países em desenvolvimento o comportamento é misto. É esperado que o dado de inflação ao consumidor, que será divulgado pela manhã, mostre alta na inflação em 12 meses de 1,7% A/A para 2,5% A/A no índice cheio e de 1,3% A/A para 1,5% A/A no núcleo.
Os preços de commodities operam sem direção única. O índice geral da Bloomberg sobe 0,39%, com contribuição da alta de 0,77% no petróleo tipo WTI (cotado a US$ 60,16/barril), 2,58% no minério de ferro e 0,47% na soja. Por outro lado, há quedas de -0,73% no cobre, -2,99% no níquel e -0,34% no ouro.
No Brasil, ontem saíram rumores de que o imbróglio da aprovação do orçamento seria resolvido com o envio de uma PEC autorizando aumento de gastos acima do teto, inclusive adicionais para lidar com a Covid-19, e que o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o vice, Hamilton Mourão, sairiam do país para que os problemas legais sobre as regras fiscais ficassem para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que assinaria a peça orçamentária como presidente em exercício. Os rumores não foram confirmados ao final do dia, porém resultaram em piora dos ativos brasileiros. Hoje serão divulgados dados de vendas no varejo, com o mercado esperando alta de 0,7% M/M no dado restrito e 1,8% M/M no ampliado. Os juros futuros devem seguir subindo enquanto o imbróglio do orçamento não é resolvido e soluções mais estranhas são aventadas. O real deve se depreciar, enquanto a bolsa pode ter ligeira queda.