Hoje na Economia – 13/08/2021
Os principais mercados internacionais exibem altas modestas nesta manhã, em dia de fraca agenda econômica. Enquanto as bolsas ocidentais demonstram mais otimismo em meio a resultados corporativos positivos e reabertura das economias, na Ásia as preocupações com a disseminação da variante delta da covid-19 e a ofensiva regulatória do governo chinês afastam os investidores dos ativos de risco.
As bolsas na Ásia fecharam em queda, em sua grande maioria, pelo segundo dia consecutivo, com destaque para as quedas das ações de tecnologia, impactadas pelas preocupações com o avanço regulatório na China e a escassez de chips. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, fechou o pregão de hoje em baixa de 0,40%. Na Coreia do Sul, com o país tomado pelas preocupações com o avanço do covid-19, a bolsa de Seul apurou queda de 1,16% nesta sexta-feira, a sétima queda consecutiva. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,14%, com destaque para as quedas de ações do setor de energia e de companhias aéreas. Na China, o índice Composto de Xangai recuou 0,24%, com destaque para as quedas de ações do setor eletrônico e tecnologia de informação. Em Hong Kong, o Hang Seng teve queda de 0,48%, enquanto em Taiwan, o índice Taiex teve recuo de 1,38%. No mercado de moeda, o iene é negociado a ¥ 110,29/US$, valorizando 0,11%, no momento.
No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York operam com altas modestas. O futuro do Dow Jones sobe 0,16%; S&P 500 avança 0,10%; Nasdaq valoriza 0,11%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua dois pontos base para 1,34% ao ano, após a alta de ontem impulsionada pela inflação medida pelos preços ao produtor (PPI) de julho, que veio mais alta do que os economistas esperavam, acentuando as preocupações com as pressões inflacionárias na economia americana. O dólar que se valorizou frente às principais moedas, opera em queda modesta, nesta manhã: o índice DXY do dólar recua 0,10%, situando-se em 92,94 pontos. Na agenda econômica de hoje, será conhecido o índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan (consenso: 81,2), que tem perdido fôlego em meses recentes com certa cautela dos consumidores sobre as perspectivas atuais.
Na Europa, as bolsas operam em alta, com alguns mercados operando próximos dos picos recentes, refletindo a reabertura da economia, estimulando os setores associados a lazer e viagens e bens de luxo. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,25%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,38%; o CAC40 avança 0,34% em Paris; em Frankfurt, o DAX valoriza 0,53%. O euro é cotado a US$ 1,1743, com alta de 0,11%.
Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, nesta manhã, dando sequência às quedas observadas ontem. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para setembro é negociado a US$ 68,96/barril, com queda de 0,19%, no momento.
Na agenda econômica doméstica, o Banco Central divulga o índice de atividade econômica (IBC-Br) de junho, que deve mostrar avanço de 0,55% em relação ao mês anterior e 17,1% quando comparado a igual mês de 2020. O IBC-Br deve ficar próximo à estabilidade no acumulado do 2º trimestre, após expansão de 1,6% no 1º trimestre. Em meio à turbulência política, risco fiscal e inflação persistente, investidores devem se manter na defensiva. Com IBC-Br mostrando atividade mais fraca, os juros futuros devem operar em baixa; o real se manter oscilando em torno da cotação de R$ 5,20/US$ e a Bovespa pode operar em alta, acompanhando as bolsas internacionais, recuperando parte das perdas de ontem.