HOje na Economia – 13/10/2021
Os principais mercados internacionais operam em alta moderada, nesta manhã de quarta-feira. Investidores cautelosos esperam pelo início da temporada de balanços corporativos do 3º trimestre, avaliando os impactos das altas taxas de inflação sobre os lucros, num momento em que a atividade global desacelera e os bancos centrais se preparam para reduzir os estímulos.
Na Ásia, as bolsas locais não mostraram um direcional definido. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific encerrou a sessão com alta modesta de 0,20%. Investidores avaliaram os bons dados sobre as exportações da China, ao mesmo tempo em que se espera pelos números de inflação e balanços corporativos nos EUA. Em Hong Kong, os mercados permaneceram fechados por conta do furacão que assola a região. Na China, as exportações superaram as expectativas em setembro, exibindo alta anual de 28,1% (25,6% a/a em agosto), atingindo novo valor recorde mensal (US$ 305,7 bilhões), superando as projeções de 21,5%. As importações, por sua vez, desaceleraram de 33,1% em agosto para 17,5% a/a em setembro, vindo abaixo das projeções dos economistas (20,9%). Em Xangai, o índice Composto subiu 0,42%. No Japão, o Nikkei caiu 0,32% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,96% em Seul e o Taiex recuou 0,70% em Taiwan. No mercado de moeda o iene é cotado a ¥113,58/US$, com discreta valorização de 0,03%, no momento.
No mercado americano, os futuros das bolsas de Nova York operam em alta, mas com elevado grau de volatilidade. Uma definição de tendência poderá ocorrer a partir da divulgação dos primeiros balanços do 3º trimestre, avaliando os impactos da atual conjuntura conturbada sobre a saúde financeira dos grandes bancos. No momento, o futuro do Dow Jones sobe 0,11%; S&P 500 exibe alta de 0,16%; Nasdaq valoriza 0,38%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recuou um ponto base para 1,56% ao ano, enquanto o índice DXY do dólar recua 0,19%, situando-se em 94,33 pontos. O dólar perde valor para o euro, que é negociado a US$ 1,553/€, apreciando 0,20%, enquanto a libra esterlina valoriza 0,33%, negociada a US$ 1,3633/£. Será divulgada a inflação ao consumidor (CPI) de setembro que deve mostrar alta de 0,3% m/m e 5,3% a/a, enquanto o núcleo (Core CPI) deve subir 0,2% m/m e 4,0% em bases anuais. A agenda de hoje contempla, também, a divulgação da ata da reunião de política monetária do Fed (Fomc) de setembro, bem como comentários de dirigentes do Fed.
As bolsas europeias operam sem direcional claro, com investidores preocupados com o ritmo de crescimento da economia global e a persistência das pressões inflacionárias e seus impactos sobre a lucratividade das empresas. Nesta manhã, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, sobe 0,50% com destaque para as ações de tecnologia e indústria automobilística. Em Londres, o FTSE100 registra queda de 0,21%, enquanto o CAC40 de Paris e o DAX de Frankfurt operam em alta de 0,19% e 0,69%, respectivamente.
Os contratos futuros de petróleo operam em baixa marginal nesta manhã, mas sustentam o patamar acima de US$ 80/barril para o tipo WTI. Investidores realizam lucros enquanto aguardam por nova avaliação do mercado pela Opep+. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 80,48/barril, com queda de 0,20%.
Na volta do feriado, diante de uma agenda de indicadores esvaziada, os ativos domésticos devem ficar refém do mercado externo, sendo influenciado pelos dados de inflação americana e os reflexos da ata do Fed sobre os juros longos e dólar. Enquanto a Bovespa deve olhar para as bolsas de Nova York, os juros futuros seguirão o desempenho do dólar e do Treasury para a definição de um direcional para hoje.