Hoje na Economia – 14/02/2020

Hoje na Economia – 14/02/2020

Os mercados internacionais operam sem direcional único, nesta manhã, com investidores atentos à epidemia de coronavírus, buscando avaliar, diante de informações divergentes, o ritmo efetivo da disseminação da nova doença. Segundo o governo chinês foram registrados 5.090 novos casos da doença em todo o país ontem e 121 mortes, elevando o total de óbitos para 1.380.

Na Ásia, a maioria dos mercados fechou com altas moderadas, favorecidos por avanços em papeis do setor financeiro e de tecnologia. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o dia com alta discreta de 0,10%, mas contabilizando a segunda semana consecutiva de ganhos, recuperando mais da metade do terreno perdido com a irrupção do coronavírus. Na China, espera-se que o governo anuncie, hoje, a redução pela metade das tarifas sobre US$ 75 bilhões em importações dos EUA, como parte do acordo comercial bilateral da “fase 1” assinado no mês passado. No mercado de ações, o índice Xangai Composto teve valorização de 0,38% na sessão desta sexta-feira. O Hang Seng subiu 0,31% em Hong Kong; o sul-coreano Kospi avançou 0,48% em Seul; o Taiex teve alta de 0,20% em Taiwan. Exceção foi o índice Nikkei que caiu 0,59% em Tóquio. No mercado de câmbio, o dólar é negociado a 109,80 ienes, mantendo-se próximo ao valor de 109,83 do final da tarde de ontem.

Na Europa, bolsas operam entre altos e baixos, com as preocupações com a epidemia de coronavírus misturando-se com a divulgação de indicadores econômicos e balanços de importantes empresas (Crédit Agricole é o destaque). Foi divulgado o PIB da zona do euro que cresceu 0,1% no 4º trimestre ante o trimestre anterior e avançou 0,9% em relação a mesmo período de 2018. Ambos os resultados vieram em linha com as previsões dos analistas. Na Alemanha, o PIB ficou estável no quarto trimestre de 2019 ante o terceiro, frustrando as expectativas do mercado que esperava leve expansão de 0,1% no período. No mercado de ações, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, tem alta discreta de 0,05%, no momento. Londres, o FTSE100 tem recuo marginal de 0,03%; Paris, o CAC40 recua 0,16%; em Frankfurt, o DAX sobe 0,14%. O euro é cotado a US$ 1,0847, pouco acima de US$ 1,0840 de ontem à tarde.

No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 1,59%, com queda de 1,69%, nesta manhã. O dólar subiu frente às principais moedas ao longo da sessão asiática, com índice DXY atingindo 99,07 pontos, subindo 0,20% em relação à ontem de manhã. No mercado de ações, os principais índices futuros da bolsa de Nova York operam com altas moderadas: o futuro do Dow Jones tem alta de 0,12%; S&P 500 avança 0,14%; Nasdaq sobe 0,26%. Na agenda, serão divulgados dois importantes indicadores de atividade: produção industrial (consenso:-0,2% M/M) e vendas no varejo (consenso: +0,3% M/M), ambos referentes a janeiro.

Os futuros de petróleo operam com altas discretas, nesta manhã. Investidores permanecem cautelosos, em meio ao avanço do coronavírus e na expectativa de que a Opep aprofunde ou estenda os atuais cortes em sua produção. No momento, o futuro do petróleo WTI para março é cotado a US$ 51,49/barril, com alta de 0,12%.

Na agenda doméstica, o Banco Central divulga o indicador de atividade (IBC-Br) de dezembro, que deve mostrar queda de -0,3% na comparação mensal e +1,3% se comparado a igual mês de 2018. Novas decepções, seguindo os passos da produção industrial e venda do comércio no período, podem reforçar apostas na necessidade de maiores estímulos por parte da política monetária. Câmbio pode abrir mais pressionado, enquanto a Bovespa deve operar em alta, mas oscilando entre margens estreitas.

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