Hoje na Economia – 14/04/2021
As principais bolsas de ações internacionais operam com altas moderadas, nesta manhã. Investidores de olho no início da temporada de balanços corporativos nos EUA para delinear novas estratégias. Hoje serão conhecidos os balanços da Goldman Sachs. JPMorgan e Wells Fargo. Como pano de fundo, os investidores seguem monitorando a evolução da pandemia, temendo ameaças ao crescimento global, bem como permanecem atentos aos riscos inflacionários.
No mercado acionário americano, os índices futuros das bolsas de Nova York operam perto da estabilidade sem direcional claro, nesta manhã. O índice futuro do Dow Jones registra alta discreta de 0,03%; S&P 500 avança 0,15%; Nasdaq sobe 0,17%. O juro do Treasury de 10 anos subiu dois pontos base para 1,63% ao ano, após o bem sucedido leilão de títulos de 30 anos. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana diante de uma cesta de moedas fortes, recua 0,18%, para 91,69 pontos. A divulgação do Livro Bege do Fed e a palestra que Jerome Powell, presidente do Fed, fará no Clube Econômico de Washington devem determinar um curso para juros dos treasuries e dólar.
Na Ásia, as principais bolsas de ações fecharam o dia em alta. O índice regional MSCI Asia Pacific apurou ganho de 0,70% no pregão de hoje. Os grandes responsáveis pelas valorizações observadas foram as ações de tecnologia, favorecidas pelas empresas chinesas de internet, que se comprometeram a cumprir as leis antitruste. O destaque coube à bolsa de Hong Kong, onde o índice Hang Seng subiu 1,42%, impulsionado pelas ações das gigantes de tecnologia Meituan e Tecent. Na China, o índice Xangai Composto apurou ganho de 0,60%; o sul-coreano Kospi avançou 0,42% em Seul; o Taiex valorizou 0,24% em Taiwan. Na contramão da região, o índice Nikkei caiu 0,44% em Tóquio, com investidores preocupados com a morosidade do programa de vacinação, em meio ao avanço das contaminações por covid-19 no país. O iene está se valorizando diante do dólar, +0,07%, cotado a ¥/US$ 108,99.
As bolsas europeias operam em alta, no momento, acompanhando o bom desempenho dos mercados asiáticos e de olho nos balanços corporativos e dados econômicos a serem conhecidos no dia. Foi divulgada a produção industrial de zona do euro, que caiu 1,0% em fevereiro na comparação mensal, vindo abaixo das projeções do mercado (-0,5%). Mercados pouco reagiram à surpresa negativa. O índice STOXX600 registra alta de 0,15%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,20%; o CAC40 avança 0,38% em Paris; em Frankfurt, o DAX oscila em torno da estabilidade. O euro é cotado a US$ 1,1961, valorizando 0,10%.
Os contratos futuros de petróleo operam em alta, nesta manhã, seguindo o relatório divulgado pela American Petroleum Institute (API) que constatou redução nos estoques americanos da commodity. O contrato futuro do petróleo WTI para maio sobe 1,66%, cotado a US$ 61,17/barril.
Os ativos domésticos devem operar de olho nos mercados americanos, esperando pelos balanços corporativos que serão conhecidos hoje, bem como a sinalização de política monetária a ser dada pelo discurso de Jerome Powell em Washington, às 13hs de Brasília. Ontem, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, confirmou em entrevista à imprensa, que a alta da Selic será de 0,75 ponto percentual no Copom de maio. A Bovespa deve abrir acompanhando os futuros das bolsas de Nova York, enquanto câmbio e juros, além da influência externa, estarão atentos ao impasse do Orçamento e a instalação da CPI da pandemia no Senado.