Hoje na Economia – 15/03/2021
Uma semana em que o foco é a política monetária. Investidores tocam os negócios, nesta segunda-feira, com grande expectativa sobre os possíveis sinais a serem emitidos pelo Fed em sua reunião de quarta-feira. Aumentam as preocupações com a inflação e com o aquecimento excessivo da economia, o que tem se refletido na alta recente dos rendimentos das treasuries e fortalecimento do dólar.
O juro das Treasuries opera em leve baixa, nesta manhã. O rendimento do T-Bond de 10 anos flutua em torno de 1,61% ao ano. O índice DXY do dólar, que acompanha o valor da moeda americana diante de uma cesta de moedas fortes, modera a alta, neste momento, após a subir ao longo da madrugada. O índice situa-se em 91,72 pontos, com alta de 0,05%. O euro é cotado a US$ 1,1934 (-0,16%); Libra vale US$ 1,3943 (+0,13%); iene ¥ 109,01/US$ (+0,02%). Os índices futuros das principais bolsas de Nova York operam no azul, no momento. O futuro do Dow Jones sobe 0,36%; S&P 500 avança 0,27%; Nasdaq avança 0,22%. A forte recuperação que a economia americana vem apresentando, após o choque da pandemia de covid-19, pode levar o Fed a começar a elevar os juros em 2023, mas essa expectativa não deve aparecer nas projeções que o Fed mostrará ao final de seu encontro na quarta-feira.
Na Ásia, sentimentos mistos em relação à economia da China impediram um movimento de alta generalizada nos mercados acionários da região. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com queda discreta de 0,10%. Na China, os dados sobre a produção industrial e vendas no varejo vieram acima das projeções dos analistas, reforçando o cenário de forte recuperação em “V” da economia chinesa. A produção industrial chinesa do primeiro bimestre de 2021 cresceu 35,1% em relação a igual período de 2020. As vendas do comércio avançaram 33,8%, na mesma base de comparação. Por outro lado, preocupações com um possível movimento de aperto de liquidez por parte do PBoC (banco central chinês) pesaram sobre as ações. O índice Xangai Composto registrou queda de 0,96%. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,17% em Tóquio e o Hang Seng avançou 0,33% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi teve queda de 0,28% em Seul, e o Taiex permaneceu estável em Taiwan.
Na Europa, dados melhores do que o esperado, divulgados na China, animam os investidores, enquanto esperam pela reunião de política monetária do Fed. Nesta manhã, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, sobe 0,57%. Em Londres, o FTSE100 avança 0,44%; em Paris, o CAC40 registra ganho de 0,41%; o DAX sobe 0,32% em Frankfurt.
Os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta segunda-feira. Investidores animados com a perspectiva em torno da demanda pela commodity, depois de que a China divulgou dados econômicos que reforçam o cenário de forte retomada da economia após o choque causado pela pandemia do covid-19. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para abril é negociado a US$ 66,05/barril, com alta de 0,57%.
No Brasil, o foco será a reunião do Copom, que na quarta-feira deverá elevar a Selic em 50 pontos base segundo o consenso do mercado, seguido de comunicado mais hawkish, justificando o início do ciclo de aperto monetário. O dólar e os juros devem oscilar entre margens estreitas até os sinais do Fed e do Copom. A Bovespa deve reagir aos dados positivos divulgados na China, abrindo em alta, mas sem perder de vista as incertezas no ambiente doméstico.