Hoje na Economia – 15/05/2020

Hoje na Economia – 15/05/2020

Mercados operam em alta, nesta sexta-feira, recuperando parte das perdas da semana, em dia de agenda econômica carregada, permitindo aos investidores uma avaliação mais precisa dos impactos da pandemia de coronavírus sobre as grandes economias.

Na China, a produção industrial de abril surpreendeu positivamente. Cresceu 3,9% na comparação com abril de 2019, após declínio de 1,1% em março. Analistas projetavam expansão de 1,0%. Já as vendas do comércio e os investimentos em ativos fixos recuaram 7,5% e 10,3%, respectivamente, na comparação com igual mês do ano passado. Na Ásia, os mercados fecharam sem direcional claro. Em Xangai, o índice Composto apurou discreta queda de 0,07%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou queda de 0,14%. No Japão, o índice Nikkei se valorizou 0,62% em Tóquio. Na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou com ganho discreto de 0,12%, enquanto o Taiex avançou 0,32% em Taiwan. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific subiu 0,30%, nesta sexta-feira. No mercado de câmbio, o iene se valoriza 0,18% ante o dólar, que é negociado a 107,06 ienes, no momento.

A reabertura das economias em várias partes do mundo alimenta a confiança dos investidores europeus, impulsionando para cima os principais índices de ações. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 1,25%, no momento. Na abertura chegou a mostrar mais força, mas atenuou o movimento altista após a divulgação dos resultados do PIB alemão e da zona do euro. O PIB da Alemanha encolheu 2,2% no 1º trimestre, na comparação trimestral (-2,3% em relação ao 1T2019), a maior queda em 11 anos. Na zona do euro, o dado veio como o previsto: -3,8% no 1º trimestre ante o último de 2019. As principais bolsas da região também operam no azul: Londres, o FTSE100 sobe 1,35%; o CAC40 avança 0,89% em Paris; o DAX tem ganho de 1,69% em Frankfurt. O euro flutua em torno do valor de US$ 1,0812 sem direcional claro, nesta manhã.

No mercado americano, os juros das Treasuries operam sem direção única à espera de importantes dados de atividade que mostrarão os impactos da pandemia do coronavírus sobre a economia dos EUA. Entre os indicadores que serão divulgados logo mais, destaque para as vendas comércio no mês de abril, que deve mostrar queda de 12% m/m (-8,7% em março) e a produção industrial que também deve recuar 12,0 na comparação mensal após queda de 5,4% em março. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua 1,0%, situando-se em 0,615%. Enquanto se espera pela divulgação dos dados, o índice DXY do dólar opera em baixa de 0,21%, nesta manhã, situando-se em 100,25 pontos, captando o ambiente de menor aversão ao risco que prevalece nesta sexta-feira. Os principais índices futuros de ações da bolsa de Nova York operam em alta, nesta manhã: Dow Jones +0,11%; S&P 500 +0,04%; Nasdaq +0,29%.

Os preços de commodities operam em sua maioria em alta pela manhã, com o índice geral da Bloomberg subindo 0,72%. Há avanço em especial no preço de petróleo, com o barril tipo WTI cotado a US$ 27,94, uma alta de 1,38%.

Expectativas positivas cercam a abertura da Bovespa nesta manhã. Contribuem para isso, números da produção industrial da China melhores do que se esperava. Acrescente-se também a diminuição das tensões políticas internas, após o entendimento entre o presidente Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ontem à noite, o que deve pavimentar a coalizão do governo com o grupo de deputados conhecido como Centrão. Na agenda, o Banco Central divulga o IBC-Br de março, que deve ter recuado 5,95% na comparação mensal e -2,40% na métrica anual, consolidando as projeções de PIB negativo para o 1º trimestre deste ano.

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