Hoje na Economia – 15/06/2021
Mercados financeiros operam próximos da estabilidade pela manhã, aguardando dados importantes nos EUA e a reunião de política monetária americana amanhã.
Na Ásia, as bolsas fecharam em sua maioria em alta. O índice regional MSCI Asia Pacific subiu 0,3%, com avanços de 0,96% no Nikkei225 de Tóquio, 0,20% no KOSPI de Seul e 0,42% no SENSEX de Mumbai. Por outro lado, houve queda de -0,71% no Hang Seng de Hong Kong e -0,92% na bolsa de Xangai, com essas praças abrindo após feriado ontem. O iene está se valorizando diante do dólar, +0,03%, cotado a ¥/US$ 110,04.
Na Europa, as bolsas operam em ligeira alta. O índice regional STOXX600 sobe 0,16%, com altas de 0,21% no FTSE100 de Londres, 0,35% no CAC40 de Paris e 0,46% no DAX de Frankfurt. O euro está se valorizando ligeiramente contra o dólar, +0,02%, cotado a US$/€ 1,2124. Os dados econômicos divulgados hoje não tiveram surpresas relevantes, com a taxa de desemprego no Reino Unido em 4,7% como esperado e a balança comercial da Zona do Euro em € 9,4 bi, contra € 15,0 bi esperados.
Nos EUA, os índices futuros de ações operam em sua maioria em ligeira alta, próximos de níveis recordes. O Dow Jones é a exceção, caindo -0,04%, porém há altas de 0,05% no S&P500 e 0,08% no NASDAQ. O dólar perde valor contra moedas importantes, como euro e iene, e o índice DXY assim recua -0,02%. Contra moedas de países emergentes e exportadores de commodities, no entanto, o dólar está se valorizando, com o índice contra emergentes avançando 0,15%. Os juros futuros americanos estão em queda, com o yield da Treasury de 10 anos a 1,4889% a.a., um recuo de 0,5 pb. Hoje serão divulgados dados importantes sobre atividade e inflação. Na atividade, os dados de maio devem ter mostrado que as vendas no varejo devem ter caído na margem enquanto houve recuperação na produção industrial. O dado de junho do índice Empire Manufacturing deve ter recuado levemente, mas ainda permanecido em patamar elevado para os padrões históricos e indicando recuperação forte da economia. A inflação ao produtor, por sua vez, deve ter desacelerado na margem, mas com índices A/A ainda subindo devido ao efeito base da pandemia.
Os preços de commodities operam sem direção única, com o índice geral da Bloomberg caindo -0,52%. Há recuos no preço de cobre (-0,32%), soja (-0,45%), milho (-1,42%) e trigo (-1,80%). Por outro lado, o preço do minério de ferro sobe 0,12%, do níquel 1,37% e do petróleo tipo WTI 0,68%, com o barril sendo negociado a US$ 71,36.
No Brasil hoje não é esperado que saia nenhum dado econômico de grande relevância. As notícias ontem sobre provável extensão do auxílio emergencial, com R$ 20 bi de créditos extraordinários, tiveram efeitos sobre os mercados de juros, junto com rumores de que as bandeiras tarifárias sobre energia devem ser reajustadas para cima. Esse movimento nos juros futuros deve seguir ocorrendo, com alta também com receio de que o Copom seja mais hawkish na reunião de amanhã. A bolsa, por sua vez, deve seguir em alta, ajudada pelo ambiente global e pela perspectiva de recuperação da economia brasileira, enquanto o câmbio deve se desvalorizar levemente diante do dólar, seguindo o movimento global e os preços de commodities.