Hoje na Economia – 16/02/2024

Hoje na Economia – 16/02/2024

 Cenário Internacional

Nos EUA, os principais dados de atividade que foram divulgados ontem surpreenderam para baixo as expectativas dos analistas. As vendas no varejo recuaram 0,8% M/M em janeiro, frustrando a projeção mediana do mercado de uma queda menos intensa (-0,2% M/M). O grupo de controle registrou queda de 0,4% M/M, ante alta esperada de 0,2% M/M. A surpresa baixista do dado de janeiro foi explicada, em maior grau, pela queda de 4,1% no setor de construção, mas fortalece a visão de desaceleração do consumo norte americano. A produção industrial, também referente a janeiro, registrou retração e veio mais fraca do que o esperado (-0,1% M/M vs. 0,2% M/M), trazendo surpresa baixista no nível de utilização de capacidade instalada (78,5% vs. 78,8%). Ontem também houve divulgação dos pedidos semanais de seguro-desemprego, que vieram abaixo do esperado (212 mil vs. 220 mil), e do índice de preços de importação, que subiu 0,8% M/M em janeiro e surpreendeu a expectativa de mercado (0,0% M/M).

No overnight, houve a divulgação de dados mais fortes do que o esperado das vendas no varejo no Reino Unido, que avançaram 3,4% M/M (ante 1,5% M/M esperado), e discursos mais hawkish de membros de bancos centrais desenvolvidos. Bostic, do Fed, não garantiu o sentimento de conforto quanto à convergência da inflação à meta de 2%, e Schnabel, do ECB, reforçou a necessidade de cautela por parte da autoridade monetária antes de iniciar o ciclo de normalização de juros.

Para hoje, a agenda global conta com a divulgação do índice de inflação ao produtor referente a janeiro, nos EUA, e da leitura preliminar da pesquisa de confiança do consumidor da Universidade de Michigan de fevereiro. Também saem dados de janeiro relativos ao setor de housing, que incluem as concessões de alvarás e de novas construções residenciais. Barkin, Barr e Daly, do Fed, discursam.

 Cenário Brasil

No âmbito local, o IGP-10 registrou variação de -0,65% M/M em fevereiro, abaixo do esperado pela projeção mediana dos analistas (-0,43% M/M) e condizente com deflação acumulada em 12 meses de -3,84%. O dado de fevereiro mostrou queda de 1,08% M/M dos preços ao produtor, puxados por produtos agrícolas como soja e milho. Os preços ao consumidor subiram 0,62% na margem, ainda pressionados por alimentos. O INCC desacelerou para 0,10% M/M.

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