Hoje na Economia – 16/03/2021

Hoje na Economia – 16/03/2021

Mercados financeiros operam em sua maioria em alta na manhã de terça-feira, com receios quanto aos efeitos colaterais da vacina de Oxford/AstraZeneca fazendo alguns países europeus suspenderem seu uso. Uma decisão mais detalhada sobre essa vacina será tomada pela Agência Europeia de Remédios hoje.

Na Ásia as bolsas fecharam em alta, com o índice regional MSCI Asia Pacific subindo 0,6%. A maior alta ocorreu na bolsa de Xangai, com avanço de 0,78% após uma sessão bastante volátil. Houve ganhos também de 0,52% no Nikkei225 de Tóquio, 0,67% no Hang Seng de Hong Kong e 0,70% no KOSPI de Seul. O iene está praticamente estável diante do dólar, com queda de -0,01%, cotado a ¥/US$ 109,14.

Na Europa, as bolsas operam em alta no momento. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,47%, com ganhos de 0,54% no FTSE100 de Londres, 0,07% no CAC40 de Paris e 0,57% no DAX de Frankfurt. O euro está se valorizando diante do dólar, +0,13%, cotado a US$/€ 1,1944. A pesquisa ZEW na Alemanha veio acima do esperado, com o índice de expectativas subindo de 71,2 para 76,6 em março, contra mediana de projeções de 74. Na Zona do Euro a pesquisa ZEW de expectativas também subiu, de 69,6 para 74,0.

Há queda de 2 pb nos juros das Treasuries de 10 anos, a 1,5951% a.a.. Os índices futuros das bolsas americanas operam sem direção única, com queda de -0,17% no Dow Jones e -0,01% no S&P500, mas alta de 0,49% no NASDAQ. O dólar está perdendo valor diante da maioria das moedas, com o índice DXY caindo -0,06%. Hoje sairão dados importantes sobre atividade nos EUA, com destaque para as vendas no varejo de fevereiro, que devem ter recuado -0,5% M/M após terem subido 5,3% M/M no mês anterior. A produção industrial de fevereiro deve ter desacelerado de 0,9% M/M para 0,3% M/M no mesmo período. A inflação de preços importados deve ter subido consideravelmente, de 0,9% A/A para 2,6% A/A, devido ao aumento de preços de commodities. Caso haja surpresa nesses indicadores pode haver reação nos mercados de juros americanos e, consequentemente, em todos os preços de ativos.

Os preços de commodities operam sem direção única. O índice geral da Bloomberg recua -0,54%, influenciado pela queda considerável no preço do petróleo (-1,59% no caso do tipo WTI, negociado a US$ 64,35/barril, o terceiro dia consecutivo de queda). Há quedas também de -0,28% na soja e -0,47% na prata. Por outro lado, há altas nas commodities metálicas (3,06% minério de ferro, 1,07% níquel e 0,65% cobre).

No Brasil, dados de inflação divulgados pela manhã ficaram acima do esperado. O IGP-10 de março teve alta de 2,99% M/M, contra expectativa de 2,84% M/M e mês anterior de 2,97% M/M. O IPC-S da 2ª semana também acelerou de 0,67% M/M para 0,88% M/M, contra expectativa de alta para 0,74% M/M. Hoje sairá o dado do CAGED de janeiro, com expectativa de criação líquida de 180 mil vagas. Ontem o presidente Bolsonaro indicou o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, preferindo um candidato que agradasse a base bolsonarista ao invés de atores políticos importantes, como líderes do Centrão e do STF. Os juros futuros devem abrir em alta hoje, com os dados de inflação mais altos e provavelmente reagindo também ao avanço no emprego mostrado pelo CAGED. O real pode se valorizar, com mais intervenções do Banco Central e expectativa de aumento de juros na reunião do Copom amanhã. A bolsa, por sua vez, deve ter alta, acompanhando mercados globais.

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