Hoje na Economia 16/05/2019
Edição 2255
16/05/2019
Os negócios, nesta manhã, continuam sendo influenciados pelo ambiente de aversão ao risco. Mercados emitem sinais díspares, sem direcional claro, com as divergências entre EUA e China pesando sobre as decisões dos investidores.
As bolsas asiáticas fecharam sem sinal único, nesta quinta-feira. Na China, as bolsas locais fecharam em alta, praticamente ignorando a decisão do presidente Donald Trump em restringir as operações de companhias de telecomunicações chinesas nos EUA. Em Xangai, o índice Composto fechou em alta de 0,58%. Empresas que exploram terras raras de destacaram, com sete delas atingindo o limite máximo diário de alta, de 10%, com a avaliação de que as tarifas mais recentes entre EUA e China devem elevar os preços desses produtos usados na indústria. Por outro lado, as ações ligadas à tecnologia 5G recuaram, prejudicadas pela medida americana. Em Hong Kong, o sobe e desce das empresas de tecnologia levou o índice Hang Seng a fechar estável no pregão de hoje. Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei teve queda de 0,59% e atingiu nova mínima em sete semanas. Na Coreia do Sul, o índice Kospi recuou 1,20%, devido à nas ações do setor de tecnologia. Em Taiwan, o Taiex perdeu 0,82%. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 109,57 ienes, contra 109,59 ienes de ontem à tarde.
Na Europa, o dia começa com bolsas de ações operando no vermelho, reflexo da tensão comercial entre EUA e China. No momento, o índice pan-europeu de ações STOXX600 opera em queda de 0,12%. Em Londres, o FTSE100 perde 0,17%; o CAC40 recua 0,22% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem perda de 0,11%. O euro é negociado a US$ 1,1211 pouco acima de US$ 1,1207 de ontem à tarde.
No mercado americano, os futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York apontam para uma abertura moderada. O futuro do índice Dow Jones opera em alta de 0,05%; do S&P 500 avança 0,12%; o Nasdaq registra ganho de 0,05%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos flutua em torno de 2,3679% ao ano, ainda pressionado pela busca de ativos considerados seguros. O dólar também não mostra tendência clara nesta manhã, com o índice DXY situando em 97,51 pontos, com queda discreta de 0,03%.
Os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta manhã. Dão suporte aos preços da commodity as tensões no Oriente Médio, com o recrudescimento das tensões entre EUA e Irã, como também o relatório divulgado pela Agência Internacional de Energia (AIE) mostrando queda na oferta do produto em abril. O contrato futuro do petróleo WTI, para entrega em junho é negociado a US$ 62,48/barril, com alta de 0,73%.
Os ativos brasileiros deverão captar o ambiente de aversão ao risco presente nos mercados internacionais decorrente das preocupações com a guerra comercial entre americanos e chineses. Deve, também, pesar sobre os negócios, o ambiente político interno turbulento, com o governo mergulhado numa crise política, enfrentando forte hostilidade no Congresso, prejudicando a tramitação da reforma da Previdência.