Hoje na Economia – 16/07/2019
Edição 2296
16/07/2019
Mercados operam, nesta manhã, sem uma tendência definida. Realizam ganhos auferidos nos últimos dias, mas não existe um movimento típico de aversão ao risco. Atenção volta-se a divulgação dos balanços corporativos do 2º trimestre, ao mesmo tempo em que se mantém um olho nas conversações comerciais entre americanos e chineses, que podem ser retomadas nas próximas semanas.
Na Ásia, as bolsas fecharam sem direcional único. Os agentes continuam de olho nos sinais relativos a mais afrouxamento monetário por parte dos grandes bancos centrais, além de manter no radar as negociações entre EUA e China. Na China, o banco central (PBoC) injetou o equivalente a US$ 23 bilhões em liquidez, via acordos de recompra reversa de 7 dias, para buscar estimular a atividade econômica, após a divulgação do PIB do 2º trimestre, que registrou o menor crescimento em 27 anos. Em Xangai, o índice Composto fechou o dia com queda de 0,16%. O Hang Seng subiu 0,23% em Hong Kong. Em Tóquio, o índice Nikkei apurou queda de 0,69%, enquanto o sul-coreano Kospi, da bolsa de Seul, subiu 0,45%, no dia de hoje. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 107,93 ienes de 107,89 ienes de ontem à tarde.
Na Europa, a maioria das bolsas abriu no azul, com algumas flutuando em torno da estabilidade, à medida que novas informações corporativas e econômicas eram divulgadas. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta marginal de 0,05%, no momento. Em Londres, onde a taxa de desemprego ficou inalterada em 3,8% no trimestre terminado em maio (se mantendo no menor patamar desde 1974), o índice FTSE100 sobe 0,25%. Em Paris, o CAC40 tem alta de 0,21%; enquanto o DAX flutua em torno da estabilidade na bolsa de Frankfurt. Foi divulgado o índice de expectativa econômica ZEW da Alemanha, que recuou de -21,1 pontos em junho para -24,5 pontos em julho, vindo abaixo das projeções do mercado. O euro é cotado a US$ 1,1232, recuando ante o valor de US$ 1,1260 de ontem à tarde.
No mercado americano, bolsas de ações estão à espera da divulgação de importantes balanços trimestrais, como JP Morgan, Goldman Sachs e Wells Fargo. No momento, os futuros de ações apontam para uma abertura sem definição para a bolsa de Nova York. O índice futuro do Dow Jones recua 0,04%, nesta manhã; do S&P 500 opera próximo da estabilidade; o Nasdaq registra discreta alta de 0,03%. O dólar se fortalece frente às principais moedas, segundo o índice DXY que se situa em 97,12 pontos com alta de 0,19%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,0939% ao ano, subindo 0,25%, no momento.
Os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta manhã, de olho na produção americana no Golfo do México após a passagem do furacão Barry pela região. Nesta manhã, o contrato futuro do produto tipo WTI para agosto é negociado a US$ 59,73/barril, com alta de 0,25%.
Com uma agenda econômica doméstica esvaziada, a Bovespa deve acompanhar a tendência ditada pela bolsa de Nova York, que deve reagir aos balanços corporativos que serão divulgados ao longo do dia. Por aqui, a FGV divulga o IGP-10 de julho, que deve mostrar inflação de 0,53% no mês (0,49% em junho), impulsionada pela alta dos preços agrícolas no atacado.