Hoje na Economia – 16/07/2020
Preços de ativos têm queda hoje ao redor do mundo, em movimento de realização de lucros e após dados de varejo mostrarem queda na margem na China.
Na Ásia, as bolsas fecharam em sua maioria em queda. Houve recuo de -1,5% no índice MSCI Asia Pacific, com tombo forte de -4,50% na bolsa de Xangai. Houve quedas mais modestas de -0,76% no índice Nikkei225 do Japão e -2,00% no Hang Seng de Hong Kong. O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,21%, cotado a ¥/US$ 107,17. Na China, diversos dados de atividade foram divulgados. O PIB do 2º trimestre veio acima do esperado (11,5% T/T contra expectativa de 9,6% T/T) e a produção industrial veio igual às expectativas (4,8% A/A contra 4,8% A/A de mediana de projeções). No entanto, as vendas no varejo tiveram queda de -1,8% A/A, enquanto a mediana de expectativas era de alta de 0,5% A/A.
Na Europa, as bolsas operam todas em queda. Há recuos de -0,80% no índice pan-europeu STOXX600, -0,71% no FTSE100 de Londres, -0,85% no CAC40 de Paris e -0,65% no DAX de Frankfurt. O euro está se depreciando diante do dólar, -0,17%, cotado a US$/€ 1,1393. A balança comercial de maio veio acima do esperado na Zona do Euro, com superávit de € 8,0 bi contra expectativa de € 4,5 bi. A taxa de desemprego no Reino Unido veio abaixo da mediana de projeções (4,2%), permanecendo em 3,9%. Hoje acontece a reunião do Banco Central Europeu, que não deve mudar o ritmo de estímulo monetário sendo injetado na economia.
No mercado americano, os índices futuros do mercado acionário caem hoje. Há recuo de -0,56% no Dow Jones e -0,64% no S&P500. O dólar está ganhando valor contra todas as moedas do mundo, com o índice DXY subindo 0,18%. Os juros futuros americanos estão em queda, com o yield da Treasury de 10 anos recuando quase 2 pb, para 0,618% a.a.. Hoje dados importantes sobre atividade serão divulgados, com as vendas no varejo devendo ter desacelerado para 5,0% M/M em junho (após 17,7% M/M em maio) e o índice de atividade do Fed de Filadélfia devendo ter caído para 20,0 em julho (de 27,5 em junho). Os pedidos semanais de seguro desemprego devem ter recuado ligeiramente, de 1,314 milhão para 1,250 milhão.
Os preços de commodities operam sem direção única no momento. Há queda nos preços de energia, após a OPEP+ ter anunciado que a produção dos seus membros deve aumentar ao longo dos próximos meses. O preço do barril de petróleo tipo WTI cai -1,04%, cotado a US$ 40,27. Por outro lado, há alta em quase todas as outras commodities, com avanço em especial no níquel, de 0,56%.
No Brasil, será divulgado o IPC-S da 2ª semana de julho, com expectativa de alta de 0,55%, após já ter subido 0,50% na 1ª semana. No campo político, conversas sobre reforma tributária com simplificação de impostos, parecem ter avançado após encontro entre o ministro da economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, ontem, com Guedes prometendo enviar a proposta do governo federal nos próximos dias. Hoje deve ocorrer queda no Ibovespa, desvalorização do real diante do dólar e alta nos juros futuros, seguindo o humor global.