Hoje na Economia – 16/12/2019

Hoje na Economia – 16/12/2019

Mercados financeiros ao redor do mundo iniciam a semana bem, devido à diminuição as tensões comerciais entre EUA e China após o anúncio da fase 1 do acordo entre os dois países na sexta-feira. Ainda há muitos detalhes para serem resolvidos, porém o avanço nas negociações ajuda a criar um ambiente pró tomada de risco no mercado.

As bolsas asiáticas fecharam o dia sem variações grandes. O índice MSCI Asia Pacific subiu 0,2%, porém com queda de -0,29% no índice Nikkei225 do Japão e -0,65% no Hang Seng de Hong Kong. É possível que os investidores tenham realizado lucro após a forte alta registrada na sexta-feira. A bolsa de Xangai, por sua vez, conseguiu subir ainda mais, para 0,56%, com dados bons sendo divulgados sobre atividade na China. Houve surpresa para cima nos dados de produção industrial (6,2% A/A contra 5,2% A/A esperado) e vendas no varejo (8,0% A/A contra 7,6% A/A esperado). Por outro lado, no Japão, a prévia do índice dos gerentes de compras (PMI) industrial recuou ligeiramente, de 48,9 em novembro para 48,8 em dezembro. O iene está se depreciando levemente contra o dólar, -0,04%, cotado a ¥/US$ 109,42, enquanto o yuan perde -0,27% de valor, cotado a 7,0043.

Na Europa, as bolsas operam todas em alta, alcançando novos recordes históricos. Há avanços de +0,95% no índice pan-europeu STOXX600, +1,85% no FTSE100 de Londres, +0,79% no CAC40 de Paris e +0,53% no DAX de Frankfurt. O euro está se valorizando contra o dólar, +0,21%, cotado a US$/€ 1,1144, enquanto a libra avança +0,24% contra a moeda americana, cotada a US$/£ 1,3363. Esses movimentos de alta acontecem mesmo com a prévia do PMI de dezembro da Zona do Euro tendo surpreendido para baixo no caso da manufatura (45,9 contra mediana de expectativas de 47,3). O índice de serviços, por sua vez, ficou acima do esperado (52,4 contra 52,0).

No mercado americano, os índices futuros das bolsas também sobem, e também estão chegando a novos patamares recordes. O índice futuro do S&P500 avança 0,27%, por exemplo. OS juros futuros estão subindo também, com a menor chance de recessão global, com a Treasury de 10 anos a 1,84% a.a.. O dólar, por sua vez, está perdendo valor, com a menor aversão ao risco global, com o índice DXY recuando -0,16%. Alguns dados econômicos importantes sobre atividade saem hoje, como o índice de atividade do Fed de Nova York e as prévias do PMI, com expectativa de estabilidade nesse último dado.

Os preços das commodities globais sobem, com a menor aversão ao risco e menor perspectiva de recessão global. Há alta de 0,49% no índice de commodities da Bloomberg, mesmo com recuo de -0,03% no preço do petróleo WTI (cotado a US$ 60,05/barril).

No Brasil, o IGP-10 veio acima do esperado (1,69% contra expectativa de 1,64%), com avanço considerável nos preços ao produtor, tanto agrícolas quanto industriais. O IPC-S da 2ª da semana de dezembro também subiu, pressionado pelos preços de carne bovina, para 0,87%, contra 0,86% esperado. Na semana, os eventos de maior destaque estão relacionados a política monetária, com a divulgação da ata do COPOM amanhã e o relatório trimestral de inflação, na quinta-feira. Além disso, o IPCA-15 será divulgado na sexta-feira. A melhora dos mercados internacionais deve afetar os ativos brasileiros, com hoje sendo um dia de alta na bolsa, valorização do real e queda dos juros futuros.

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