Hoje na Economia – 16/12/2021

Hoje na Economia – 16/12/2021

As principais bolsas internacionais registram altas nesta manhã, repercutindo a decisão do Fed, que, em sua reunião de política monetária realizada ontem, anunciou a aceleração do processo de retirada dos estímulos (tapering) e sinalizou três aumentos de juros em 2022. Os investidores respiram mais aliviados. Além de retirar um foco de incerteza da frente, o aperto monetário anunciado vai combater a elevada inflação, mas não deverá afastar a economia da trajetória de crescimento.

Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em alta, acompanhando o rali observado em Wall Street após a decisão de política monetária do Fed, deixando em segundo plano as preocupações relacionadas à variante ômicron do coronavírus e a crise de liquidez no mercado imobiliário chinês. O índice regional MSCI Asia Pacific registrou valorização de 0,70% na sessão de hoje, após quatro pregões consecutivos em queda. No Japão, o índice Nikkei encerrou o pregão com ganho de 2,13% em Tóquio. Esse desempenho refletiu também a aprovação pela Câmara dos representantes de um pacote de estímulos econômicos no valor de US$ 300 bilhões. Amanhã, o Banco do Japão (BoJ) se reúne para decisão de política monetária. Na Coreia do Sul, o índice Kospi subiu 0,57% na bolsa de Seul, em meio à decisão do governo local em impor novas restrições à mobilidade para conter a ômicron, após o país registrar recorde diário no número de casos de covid-19. Na China, o índice Xangai Composto valorizou 0,75%; enquanto em Taiwan, o Taiex avançou 0,71%. Em Hong Kong, o Hang Seng apurou alta de 0,23%, onde o fator relevante foi a notícia de que os credores da Evergrande estão processando a incorporadora após a declaração de default.

Na Europa, as bolsas locais exibem altas expressivas, com investidor mais tranquilo com a decisão do Fed e à espera das decisões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE). Ademais, os índices preliminares dos gerentes de compras (PMIs) de dezembro, da zona do euro e da Alemanha, mostrando desaceleração da atividade econômica na região, reforçaram a expectativa por manutenção da política monetária estimulativa pelo BCE, na reunião de hoje. O euro se fortaleceu diante do dólar subindo para US$ 1,1315/€ (+0,23%), enquanto a libra é cotada a US$ 1,3294/£ (+0,24%). No mercado de ações, o índice STOXX600 registra valorização de 1,24%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 1,01%; em Paris, o CAC40 avança 1,24%; em Frankfurt o DAX valoriza 1,65%.

O juro pago pelo T-Bond de 10 anos flutua em torno de 1,45% ao ano, nesta manhã, se acomodando após o avanço dos rendimentos observados ao longo do dia de ontem. A decisão do Fed veio em linha com a expectativa dos investidores, que já haviam precificado a guinada hawkish da autoridade monetária americana. O dólar, por sua vez, opera em baixa diante da cesta de moedas fortes que compõem o índice DXY, que no momento recua 0,36%, situando-se em 96,17 pontos. Os futuros das principais bolsas de ações de Nova York operam em alta, no momento: o futuro do Dow Jones sobe 0,44%; S&P 500 avança 0,53%; Nasdaq valoriza 0,57%.

Os contratos futuros de petróleo se valorizam, nesta manhã, buscando se recuperar das perdas recentes, resultantes das incertezas relacionadas à variante ômicron do coronavírus. No momento, o petróleo tipo WTI é negociado a US$ 71,65/barril, com alta de 1,04%.

No mercado doméstico, o principal evento será a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) pelo Banco Central, que deve trazer nova rodada de projeções extraídas dos modelos do BC, que devem embasar o linguajar mais hawkish adotado pelo Copom na reunião deste mês. O ambiente internacional mais otimista, que prevalece nesta manhã, deve contagiar os ativos domésticos. O Ibovespa deve abrir em alta; o dólar recuar ante o real e os juros futuros devem abrir em baixa, mas serão também influenciados pelas avaliações que os dirigentes do BC farão sobre atividade e inflação após a divulgação do RTI.

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