Hoje na Economia – 17/05/2022
Os investidores abrem os negócios, nesta terça-feira, moderadamente otimistas, enquanto aguardam eventos que podem mover os preços dos ativos ao longo do pregão. Nos EUA serão divulgados indicadores de atividade, bem como novos pronunciamentos de dirigentes do Fed são esperados, entre eles de Jerome Powell. Na Europa, membros do Banco Central Europeu (BCE) também se manifestarão sobre os caminhos da política monetária europeia, em meio às pressões inflacionárias e riscos ao crescimento.
As bolsas da Ásia fecharam em alta na sessão de hoje. Xangai vai aos poucos retornando à normalidade, com o número de novas infecções por covid-19 em queda pela segunda semana seguida, permitindo a reabertura das atividades de comércio e da indústria. Os investidores também se animaram com notícias de que Pequim deve afrouxar as medidas regulatórias impostas a diversos setores, principalmente no de tecnologia. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, fechou o pregão com ganho de 1,40%. Enquanto o índice Xangai Composto subiu 0,65%, o Hang Seng, impulsionado pelas ações de empresas de tecnologia, avançou 3,27% em Hong Kong. No Japão, o índice Nikkei valorizou 0,42% em Tóquio; o sul-coreano Kospi avançou 0,92% em Seul; o Taiex subiu 0,98% em Taiwan.
Nesse clima de melhora do apetite ao risco, os juros dos Treasuries encontram-se em alta, enquanto o dólar recua frente às principais moedas. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu três pontos base para 2,91% ao ano. O índice DXY do dólar encontra-se em 103,7 pontos, recuando 0,44%, no momento, captando o avanço do dólar a 129,53 ienes, a valorização do euro a US$ 1,0474 (+0,38%) e a alta da libra a US$ 1,2448 (+1,05%). Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta, sugerindo um dia positivo para o mercado à vista, podendo recuperar parte das perdas recentes. O índice futuro do Dow Jones sobe 1,20%; S&P avança 1,69% e o Nasdaq valoriza 2,24%. Na agenda, serão conhecidos os dados sobre vendas ao varejo e produção industrial, ambos referentes a abril. Vários dirigentes do Fed devem se manifestar ao longo do dia, com destaque para o presidente da instituição, Jerome Powell, que deve reiterar a possibilidade de aumentos de 50 pontos base para a taxa básica de juros.
Na Europa, foi divulgado o PIB da zona do euro, que cresceu 0,3% no 1º trimestre ante o quarto trimestre, vindo acima da leitura preliminar e das previsões dos analistas. Em relação ao primeiro trimestre de 2021, o PIB registrou expansão de 5,1%. Hoje a presidente do BCE, Christine Lagarde, discursa em evento na Alemanha, devendo comentar a conjuntura atual, marcada por altas taxas de inflação e baixo crescimento, e as perspectivas para a política monetária da região. Nesta manhã, o índice pan-europeu de ações opera com alta de 1,68%; em Londres, o FTSE100 sobe 0,85%; o CAC40 avança 1,42% em Paris; em Frankfurt, o DAX valoriza 1,57%
No mercado de commodities, o índice geral de commodity Bloomberg sobe 0,44%, no momento, se beneficiando da queda do dólar e do ambiente de menor aversão ao risco. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para junho é negociado a US$ 115,0/barril, se valorizando 0,60%.
No mercado doméstico, a FGV divulgará o IGP-10, que deve desacelerar da alta de 2,48% em abril para 0,33% em maio, segundo as projeções do mercado. A queda nos preços agrícolas e metais no atacado, ao lado do efeito da redução das tarifas de energia elétrica no varejo, explica a desaceleração do índice no mês. Sinais de que o BC não pretende estender a alta da Selic além do ajuste previsto para o próximo Copom ajudam a fechar os juros futuros. O real deve se apreciar e o Ibovespa deve operar em alta.