Hoje na Economia – 17/06/2019

Edição 2277

17/06/2019

Mercados financeiros iniciam a semana com pouco movimento, aguardando decisões de bancos centrais nas principais economias do mundo. O discurso de autoridades americanas em relação à guerra comercial segue duro, com o secretário Wilbur Ross dizendo que são pequenas as chances dos presidentes dos EUA e da China, Trump e Xi, chegarem a um acordo que impeça o aumento de tarifas na reunião do G-20 na semana que vem.

As bolsas da Ásia fecharam sem direção única. O índice MSCI Ásia Pacífico recuou -0,4%, com a queda se concentrando nas bolsas da Coréia do Sul (-0,22%) e da Índia (-1,25%). O índice Nikkei225 do Japão teve leve alta, de +0,03%, enquanto as bolsas de Hong Kong e de Xangai tiveram alta, de +0,40% e +0,20%, respectivamente. O avanço na bolsa de Hong se deveu ao recuo do governo em relação à polêmica medida de extradição, que resultou nos protestos dos últimos dias. O iene está se desvalorizando ligeiramente contra o dólar, -0,12%, cotado a ¥/US$ 108,69,

Na Europa, as bolsas operam sem direção única. Há recuo de -0,06% no índice pan-europeu STOXX600, com queda também de -0,13% no FTSE100 de Londres e -0,02% no DAX de Frankfurt. O índice CAC40 de Paris, por sua vez, sobe +0,18%. O euro está apreciando levemente contra o dólar, +0,09%, cotado a US$/€ 1,1218.

No mercado americano, há leve alta nos índices futuros das bolsas, com avanço de 0,14% no S&P500. Os juros futuros sobem pela manhã, com o yield da Treasury de 10 anos a 2,10% a.a.. O dólar está se desvalorizando levemente contra as principais moedas, com o índice DXY caindo -0,06%. A atenção do mercado está concentrada na reunião do FOMC, o comitê de política monetária dos EUA, na quarta-feira. A expectativa é de manutenção dos juros, mas o discurso deve ficar bem mais dovish.

Os preços de commodities caem. O índice geral da Bloomberg recua -0,08%, com quedas de -1,28% no petróleo (preço do WTI a US$ 51,81/barril) e -2,3% no minério de ferro.

O noticiário político brasileiro voltou a ficar turbulento, com a demissão do presidente do BNDES, Joaquim Levy, por ter desagradado do presidente Jair Bolsonaro. Na quarta-feira o ministro da Justiça, Sérgio Moro, irá ao Congresso, onde deve ser perguntado acerca dos diálogos vazados pelo jornal The Intercept. O IPC-S da 2ª semana de junho veio um pouco acima do esperado, 0,04% contra 0,01%. A bolsa brasileira pode ter ligeira queda e o real ligeira depreciação hoje com a piora do ambiente político. Os juros futuros, por sua vez, devem ficar contidos, com a expectativa em relação à reunião do COPOM na quarta-feira predominando.