Hoje na Economia – 17/07/2019
Edição 2297
17/07/2019
Hoje pode não ser um dia propício aos ativos de risco em geral. Pioram as relações entre China e EUA, após comentários do presidente Donald Trump. O líder dos EUA declarou que ainda há um “longo caminho pela frente” até que um acordo comercial com os chineses seja alcançado e voltou a criticar medidas adotadas por Pequim para estimular a economia em meio às tarifas impostas pelos EUA.
Na Ásia, mercados de ações fecharam em queda, com preocupações com o recrudescimento das tensões comerciais entre americanos e chineses. Na China, o índice Xangai Composto fechou em queda de 0,20%. No Japão, perdas nos setores de eletrônicos e de varejo fizeram com que o índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, recuasse 0,31%. Os juros dos bônus do governo japonês (JGB) mostram quedas acentuadas no dia de hoje, após o presidente do Banco de Japão (BoJ), Haruhiko Kuroda, afirmar que poderá adotar medidas adicionais de flexibilização monetária se o ímpeto nos preços perder força. O dólar é negociado a 108,27 ienes, próximo à cotação de 108,23 ienes de ontem à tarde. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em baixa de 0,09%; em Seul, o Kospi perdeu 0,91%.
Na Europa, bolsas de ações abriram os negócios sem um direcional claro, à medida que os investidores assimilam a fala do presidente norte-americano, Donald Trump, que reavivou os temores de acirramento da guerra comercial, ameaçando o crescimento mundial. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta moderada de 0,11%, com claro viés de queda. Em Londres, o FTSE100 registra queda marginal de 0,02%; em Paris, o CAC40 sobe 0,11%; o DAX tem ganho de 0,09% em Frankfurt. O índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro subiu 1,3% na comparação anual de junho (1,2% em maio), superando as estimativas do mercado. O núcleo do CPI subiu 1,1% em junho, também em base anual, em linha com as projeções dos analistas. O euro é negociado a US$ 1,1214, contra US$ 1,1211 no final da tarde de ontem.
O dólar recua frente às principais moedas. O índice DXY situa-se em 97,31 pontos, com queda marginal de 0,10%, nesta manhã. O juro pago pela T-Note de 10 anos encontra-se em 2,10% ao ano, mantendo-se relativamente estável em torno desse patamar. A bolsa de Nova York deve abrir os negócios, nesta quarta-feira, em alta moderada, conforme aponta o comportamento dos principais índices futuros de ações americanos. O futuro do Dow Jones sobe 0,10%, no momento; do S&P 500 avança 0,11%; o Nasdaq ganha 0,19%. Na agenda, o destaque é a divulgação do Livro Bege (15hs), contendo informações conjunturais atualizadas, permitindo melhor leitura sobre a atual dinâmica da economia americana.
Os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta manhã. Investidores aguardam a divulgação do relatório semanal de estoques do Departamento de Energia (DoE) dos EUA, que deverá trazer forte redução nos estoques do produto, segundo as estimativas do mercado. Nesta manhã, o contrato futuro do petróleo WTI, para agosto, é negociado a US$ 58,04/barril, com alta de 0,78%.
A Bovespa deve seguir a tendência ditada pelas principais bolsas internacionais, devendo operar em alta moderada, puxada pelas ações relacionadas ao petróleo e minérios. O dólar e os juros futuros devem se manter pressionados acompanhando a tendência recente.