Hoje na Economia – 17/08/2020
Mudou a semana, mas não mudaram os pontos de preocupações que movem os mercados. A evolução da pandemia de coronavírus em diversas partes do globo bem como notícias sobre eventuais avanços em vacinas permaneceram no radar. Os investidores continuarão também monitorando as relações entre EUA e China e as negociações sobre o novo pacote fiscal, em debate no Congresso americano, para dar suporte à economia diante do choque de coronavírus. Mercados de ações em várias partes do mundo operam com alta moderada, nesta manhã.
Na Ásia, as bolsas locais fecharam majoritariamente em alta, nesta segunda-feira. O destaque ficou para o mercado chinês, graças a injeção de capital equivalente a US$ 101 bilhões efetuado pelo PBoC (banco central da China) no sistema bancário. As ações do setor financeiro foram o destaque de alta na bolsa de Xangai, onde o índice Composto encerrou o pregão com valorização de 2,34%. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,65%, enquanto o Taiex mostrou alta de 1,92% em Taiwan. A bolsa japonesa foi na contramão da região, após a divulgação do PIB do 2º trimestre que caiu 27,8% em termos anualizados, a maior queda desde 1980 quando teve início a série histórica. O índice Nikkei apurou perda de 0,83% em Tóquio. Na Coreia do Sul, mercado fechado por conta de feriado. No mercado de moeda, o dólar é negociado a 106,43 ienes, com a moeda japonesa se valorizando 0,18%, nesta manhã.
Na Europa, as bolsas locais iniciaram esta segunda-feira operando em alta moderada, com investidores acompanhando o aumento de casos de coronavírus em várias regiões, bem como as persistentes tensões entre EUA e China. No momento, o índice pan-europeu de ações STOXX600 registra valorização de 0,25%. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,38%; o CAC40 avança 0,24% em Paris; em Frankfurt, o DAX registra ganho de 0,32%. O euro é negociado a US$ 1,1846, flutuando em torno desse valor.
No mercado americano, os futuros de ações das principais bolsas de Nova York apontam para um início de pregão em alta, nesta segunda-feira. Investidores estão à espera que republicanos e democratas superem o impasse sobre um novo pacote fiscal de ajuda para enfrentar os estragos decorrentes da pandemia de coronavírus. No mercado futuro de ações, o índice Dow Jones sobe 0,36%; S&P 500 sobe 0,33%; Nasdaq tem alta de 0,64%. O yield da Treasury de 10 anos recua 2 pontos base, para 0,69%, nesta manhã. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana diante de uma cesta de seis moedas, opera levemente em baixa. Situa-se em 93,04 pontos, com recuo de 0,05%.
Os contratos futuros de petróleo operam em alta moderada, nesta manhã. Joga a favor notícia de que a China deve aumentar suas importações de petróleo dos EUA em setembro e outubro. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é cotado a US$ 42,04/barril, com discreta alta de 0,07%.
No Brasil, devem intensificar as discussões sobre a política fiscal diante da proximidade da definição do orçamento para 2021. Investidores devem manter uma postura mais defensiva. A taxa de câmbio deve permanecer oscilando próxima de R$ 5,40/US$, enquanto nos DIs futuros, as incertezas em relação à política fiscal deve sugerir uma tendência de alta para as taxas ao longo da curva. A Bovespa, após a realização recente, deve ficar refém das bolsas externas.