Hoje na Economia – 17/08/2022

Hoje na Economia – 17/08/2022

Economia Internacional

Nos EUA, os dados divulgados ontem seguiram indicando deterioração do setor imobiliário, com queda de 9,6% M/M no início de novas construções – ante expectativa de contração de 2% M/M – e queda de 1,3% M/M na concessão de licenças para construções. A leitura é de que a sequência de dados piores que o esperado devem indicar contribuição ainda bastante negativa do setor imobiliário para o PIB americano neste ano. Por outro lado, a produção industrial em julho surpreendeu positivamente o consenso de mercado, avançando 0,6% M/M ante expectativa de 0,3% M/M. Destaque positivo foi a melhora considerável na produção de automóveis, que cresceu 6,5% M/M depois da queda de 1,4% no mês anterior e superou o patamar pré-pandemia.

Na Zona do Euro, a prévia do PIB do 2º trimestre veio em linha com o esperado (0,6% T/T contra 0,7% T/T estimado), consistente com crescimento de 3,9% na comparação interanual. A inflação ao consumidor no Reino Unido em julho variou 0,6% M/M, acima do esperado (0,4% M/M), chegando a 10,1% A/A. O número foi puxado pela pressão altista em alimentos e aumenta a probabilidade de mais uma alta de juros de 50 pb pelo Banco da Inglaterra.

Hoje, os destaques da agenda global são as divulgações das vendas no varejo nos EUA em julho, que devem crescer 0,1% M/M, e da ata da reunião do FOMC.

Economia Nacional

O IGP-10 de agosto apresentou deflação de 0,69% M/M, superior à esperada pela SulAmérica Investimentos (0,57% M/M) e pelo mercado (0,57%), desacelerando para 8,82% na comparação ano contra ano. As surpresas positivas derivaram dos índices de preços ao produtor e ao consumidor, que caíram mais do que o esperado no mês (0,65% e 1,56%, respectivamente).

O IPC-Fipe da 2ª semana de agosto variou -0,03%, em linha com o projetado, tendo a queda de 2,33% em Transportes compensada por altas em Alimentação e Vestuário.

Hoje, o foco da agenda local deve permanecer no front político, refletindo o início da campanha eleitoral e a divulgação de pesquisas relevantes no dia de hoje (PoderData e Genial Quaest – que mostrou diferença de 12 p.p. entre Lula (45%) e Bolsonaro (33%) no cenário estimulado de 1º turno).

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