Hoje na Economia – 17/10/2024

Hoje na Economia – 17/10/2024

Cenário Internacional

O Ministério do setor imobiliário na China desapontou com seu anúncio recente. Não houve medidas significativas, como redução de juros ou maiores recursos para compra de estoques, apenas novas linhas de empréstimo para finalizar projetos em andamento. Isso gerou frustração no mercado. Enquanto isso, o mercado americano foi impulsionado pelo resultado positivo da TSMC, que reverteu as perdas anteriores causadas pela ASML. O S&P500 tem mostrado alta sensibilidade às grandes empresas de semicondutores.

Na Europa, o dado de inflação ao consumidor na Zona do Euro para setembro foi revisado de 1,8% A/A para 1,7% A/A, o que contribuiu para uma percepção de que a pressão inflacionária pode estar começando a diminuir na região. O Banco Central Europeu (ECB) cortou as taxas referenciais em 25 pb na reunião desta manhã, conforme amplamente esperado pelo mercado. No comunicado, o comitê manteve a sinalização de dependência dos dados no que se refere aos próximos passos de política monetária.

Na agenda de hoje, os destaques incluem as divulgações das vendas no varejo e dos pedidos semanais de seguro-desemprego nos EUA. O varejo norte americano teve alta de 0,4% M/M em setembro, acima do esperado pelos analistas (0,3% M/M). O núcleo das vendas no varejo também superou a expectativa mediana do mercado (0,7% M/M vs. 0,3% M/M). Os pedidos semanais de seguro-desemprego desaceleraram de 260 mil para 241 mil, ante 258 mil esperados. Além disso, será divulgada a produção industrial americana, outro indicador importante para entender o ritmo de recuperação da maior economia do mundo.

 Cenário Brasil

No âmbito local, o governo enviou ao Congresso um projeto de R$ 4 bilhões para socorrer companhias aéreas, com recursos do FNAC e apoio do BNDES, mas fora da meta fiscal. Embora o aporte de recursos fosse esperado, o envio do projeto em um momento de mercado sensível tem potencial para estressar ainda mais os mercados locais. A percepção de que isso pode ser um “drible” na meta fiscal também preocupa os agentes financeiros. Na agenda de dados, foi divulgado o IGP-10 de outubro, que registrou variação de 1,34% M/M, em linha com o projetado pelos analistas. A leitura deste mês seguiu mostrando impacto sobre commodities agrícolas, o que pressionou os preços ao produtor. Na comparação interanual, o IGP-10 acumulou alta de 5,10%.

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