Hoje na Economia – 18/03/2020

Hoje na Economia – 18/03/2020

Hoje promete ser mais um dia de baixa paras os principais mercados financeiros globais. A aversão ao risco e a volatilidade continuarão sendo fator preponderante, em meio às notícias sobre os desdobramentos da pandemia do coronavírus.

As incertezas em relação ao avanço do coronavírus levaram a maioria das bolsas da Ásia a fechar em baixa no dia de hoje. O índice regional MSCI Asia Pacific encerrou o dia com queda de 2,4%. Na China, o índice Xangai Composto fechou com queda de 1,83%. O sul-coreano Kospi registrou recuo de 4,86%, liderando as baixas na região, mantendo-se no vermelho pelo sexto pregão consecutivo. No Japão, o índice Nikkei caiu 1,68% em Tóquio, atingindo o menor patamar desde novembro de 2016. O presidente do Banco do Japão (BoJ), em pronunciamento ante o parlamento japonês, defendeu as operações de compra de ações feitas pelo BoJ, apesar dos prejuízos (estima-se algo entre US$ 18,6 bilhões a US$ 27,9 bilhões) sofridos pela instituição com as quedas recentes das ações. A moeda japonesa mostra ligeira valorização nesta manhã, reflexo do ambiente de maior aversão ao risco. O dólar é negociado a 107,36 ienes, contra 107,63 ienes de ontem à tarde. Em outras partes da região asiática, o Hang Seng apresentou queda de 4,18% em Hong Kong e o Taiex registrou baixa de 2,34% em Taiwan.

Na Europa, como na Ásia, investidores não se entusiasmaram com a alta das bolsas de Nova York no pregão de ontem, após o governo dos EUA anunciar pacote de estímulo fiscal de até US$ 1 trilhão, numa tentativa de amenizar o impacto do coronavírus. No momento, as bolsas europeias operam no vermelho, em ambiente de alta volatilidade. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, recua 5,55%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 perde 4,81%; o CAC40 perde 5,02% em Paris; o DAX tem queda de 4,87% em Frankfurt. O euro troca de mãos a US$ 1,1004, permanecendo próximo de US$ 1,1006 de ontem à tarde. A inflação ao consumidor da zona do euro ficou em 1,2% em fevereiro, na comparação anual, permanecendo bem abaixo da meta de 2% perseguida pelo Banco Central Europeu (BCE).

Os índices futuros da bolsa de Nova York voltam a operar em queda, nesta quarta-feira, num sinal de que apesar dos esforços do governo americano em combater os efeitos da epidemia sobre a economia, prevalece a percepção que dificilmente a economia mundial escapará da recessão, neste ano. No momento, os futuros dos principais índices de ações registram pesadas quedas: Dow Jones -3,94%; S&P 500 -3,70%; Nasdaq -4,44%. O juro pago pela T-Bond de 10 anos permanece próxima de 0,8% ao ano, enquanto o dólar mantém a valorização frente a outras divisas fortes, com investidor buscando segurança e liquidez, em meio à pandemia do coronavírus. O índice DXY flutua em torno do nível de 97,6 pontos, nesta manhã.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa. Investidores tentam estimar os impactos da pandemia sobre a demanda da commodity. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 26,56/barril, com queda de 2,80%, nesta manhã.

No mercado doméstico, o foco estará na reunião do Copom, que deve anunciar a nova Selic hoje às 18h. O consenso do mercado aponta para um corte de 50 pontos-base da taxa Selic, para 3,75%, muito embora existam apostas marginais de que a flexibilização possa ser mais intensa. O foco também estará no comunicado, onde se especula que o BC pode deixar a porta aberta para um novo corte na reunião de maio.

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