Hoje na Economia – 18/05/2021
Mercados abrem terça-feira em alta generalizada, com todas as bolsas praticamente subindo.
Na Ásia, houve forte alta nas ações, com o índice regional MSCI Asia Pacific subindo 1,5%, com menor preocupação com novos casos de Covid-19 em Taiwan, Cingapura e Índia. A alta foi puxada em especial pela bolsa de Taipei, com o TAIEX subindo 5,16%, quase recuperando as quedas dos últimos quatro pregões. Houve altas também no Nikkei225 do Japão (2,09%), no Hang Seng de Hong Kong (1,42%), no KOSPI de Seul (1,23%), no SENSEX da Índia (1,23%) e na bolsa de Xangai (0,32%). O iene está se valorizando contra o dólar, +0,24%, cotado a ¥/US$ 108,95, com o PIB japonês do 1º trimestre tendo ficado um pouco abaixo das expectativas (-1,3% T/T contra expectativa de -1,1% T/T).
Na Europa as bolsas também sobem, com o índice pan-europeu STOX600 aumentando 0,34%. Há avanços de 0,34% no FTSE100 de Londres, 0,19% no CAC40 de Paris e 0,34% no DAX de Frankfurt. O euro está se valorizando diante do dólar, +0,51%, cotado a US$/€ 1,2214. A balança comercial da Zona do Euro ficou um pouco abaixo do esperado, € 13,0 bi contra expectativa de € 18,7 bi em março, mas com revisão para cima nos dados anteriores (de € 18,4 bi para € 23,1 bi em fevereiro). No Reino Unido o dado do emprego veio acima do esperado, com criação de 84 mil vagas contra expectativa de 50 mil em março.
Nos EUA, os índices futuros se recuperam da leve queda de ontem. Há altas de 0,27% no Dow Jones, 0,34% no S&P500 e 0,78% no NASDAQ. O dólar está caindo para o valor mínimo em 4 meses, com recuo de -0,40% no DXY. Os juros futuros estão praticamente estáveis, com queda de menos de 1 pb no yield da Treasury de 10 anos, a 1,65% a.a.. Hoje saem dados de housing referente s a abril, com expectativa de queda no início de novas construções e desaceleração nas licenças para construção, ficando em torno de patamar de 1,7-1,8 milhão, que para padrões históricos é elevado. Os presidentes dos Feds regionais de Dallas e St Louis fazem discursos hoje, com o mercado aguardando a ata da FOMC que sairá amanhã.
Os preços de commodities sobem hoje, com o índice geral da Bloomberg avançando 0,84%. Há alta de 0,78% no petróleo tipo WTI, com o barril cotado a US$ 66,8, e o petróleo tipo Brent alcançando o valor de US$ 70/barril. As commodities metálicas são destaque de alta, com variações de 3,48% no ferro, 2,08% no níquel e 1,29% no cobre, mas há altas importantes também no milho (1,49%), no trigo (0,89%) e na soja (0,71%).
No Brasil, o IPC-FIPE da 2ª semana de maio ficou em 0,28% contra mediana de projeções de 0,37%, desacelerando em relação à semana anterior também (0,35%). O relatório da MP da capitalização da Eletrobras deve ser lido hoje, mas há grande divergência entre uma prévia do documento que circulou em Brasília e os desejos da maior parte do mercado, com receios de intervenção política na exigência de gastos com térmicas, pequenas centrais hidrelétricas e gasodutos, que podem levar a estatal a gastar mais de R$ 40 bi nos próximos anos. A bolsa brasileira deve subir hoje, o real deve se valorizar diante do dólar e os juros futuros devem ter queda.