Hoje na Economia – 18/05/2022

Hoje na Economia – 18/05/2022

As principais bolsas internacionais operam sem direcional claro, nesta manhã, exibindo variações modestas. Os investidores repercutem os comentários “hawkish” de Jerome Powell, reafirmando que deverá fazer o que for necessário para conter a inflação, como também avaliam os fortes dados de atividade dos EUA, divulgados ontem.

Na Ásia, os mercados de ações se mantiveram no positivo pela quarta sessão consecutiva. A alta das bolsas foi impulsionada pelos fortes dados de atividade da economia americana, reduzindo temores sobre o crescimento global, que se contrapôs aos dados divulgados na China, mostrando queda nos preços de moradias pela primeira vez desde 2015. O preço médio de novas moradias das 70 maiores cidades da China diminuiu 0,11% em abril ante igual mês do ano passado, em mais uma evidência das dificuldades enfrentadas pelo setor imobiliário. Em Xangai, o índice Composto caiu 0,25%. No Japão, o PIB do 1º trimestre recuou 0,2% na margem, vindo melhor do que o esperado pelo mercado (-0,4%). Isso ajudou o índice Nikkei a fechar o pregão com alta de 0,94%. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 0,20%; enquanto o sul-coreano Kospi teve alta de 0,21% em Seul. Em Taiwan, o índice Taiex valorizou 1,50%. O índice regional MSCI Asia Pacific fechou o dia com alta de 0,40%.

Na Europa, as bolsas abriram em baixa. O índice pan-europeu, STOXX600, exibe queda modesta de 0,13%, no momento. Esse resultado reflete, em parte, o balanço corporativo do banco holandês ABN Amo, cujos resultados vieram bem abaixo do esperado pelo mercado. Os investidores também avaliam os dados de inflação divulgados na região. No Reino Unido, a inflação ao consumidor subiu 9,0% em abril na comparação anual, enquanto na zona do euro a alta foi de 7,4% na mesma base de comparação, ambos vindo ligeiramente abaixo do projetado pelos analistas. Na bolsa de Londres, o índice FTSE100 opera perto da estabilidade após uma abertura em queda; em Paris, o CAC40 recua 0,12%; em Frankfurt, o DAX exibe queda modesta de 0,08%.

No mercado americano, após os resultados positivos apurados por Wall Street no dia de ontem, os principais índices futuros das bolsas de Nova York iniciam o dia operando em baixa. O futuro do Dow Jones exibe queda de 0,17%, no momento; S&P 500 cai 0,37%; Nasdaq tem queda de 0,60%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos cai três pontos base, para 2,95% ao ano, enquanto o dólar interrompe três sessões em queda, favorecido pelo discurso hawkish de Jerome Powell. O índice DXY sobe 0,34%, situando-se em 103,71 pontos. Neste momento, o dólar cai a 129,18 ienes; o euro recua a US$ 1,0529 (-0,19%) e a libra cede a US$ 1,2379 (-0,75%). A agenda americana traz a participação de Patrick Harker do Fed Filadélfia em evento às 17hs, onde deverá avaliar as perspectivas para a economia americana.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta firme, nesta manhã, reagindo às perdas de ontem. Esse mercado se anima diante de notícias de que Xangai segue mostrando avanços no combate ao surto de covid-19, o que deve resultar em elevação da demanda chinesa pela commodity. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para julho, é negociado a US$ 114,10/barril, valorizando 1,51%, no momento.

O destaque da agenda doméstica fica para as participações do ministro da economia, Paulo Guedes, e do presidente do BC, Campos Neto, em painel em evento da Petrobrás e Banco do Brasil sobre o mercado de carbono. Sem dados econômicos relevantes, o Ibovespa deve operar em linha com o exterior, com chances de devolver parte dos ganhos de ontem. O dólar deve se valorizar ante o real, acompanhando o fortalecimento da moeda americana frente às moedas emergentes. Os juros futuros devem oscilar entre margens estreitas, com viés de baixa.

Topo