Hoje na Economia – 18/06/2020

Hoje na Economia – 18/06/2020

Mercados financeiros seguem cautelosos, com notícias de segunda onda de Covid-19 em países como China, Alemanha e EUA aumentando ligeiramente a aversão ao risco hoje.

Na Ásia, bolsas de ações fecharam sem direção única. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific ficou estável, com algumas bolsas fechando em queda (caso do Nikkei2125 do Japão, -0,45%, e do Hang Seng de Hong Kong, -0,07%) e outras em alta (caso da bolsa de Xangai, +0,12%, e do SENSEX da Índia, +2,09%). Na China, notícias de aumento de casos na capital Beijing ocorreram ao mesmo tempo em que medidas para fechar escolas e impedir o alastramento da doença foram conhecidas. No mercado de moedas, o iene está se desvalorizando -0,10% contra o dólar, cotado a ¥/US$ 107,12.

As bolsas europeias operam em queda. Há recuos de -0,40% no índice pan-europeu STOXX600, -0,19% no FTSE100 de Londres, -0,62% no CAC40 de Paris e -0,42% no DAX de Frankfurt. O euro está praticamente estável diante do dólar, valorizando-se 0,02%, cotado a US$/€ 1,1246. A chanceler alemã, Angela Merkel, fez hoje mais um discurso pedindo aos alemães para liderarem a Zona do Euro na recuperação e aprovarem o pacote fiscal pan-europeu de € 750 bi. O BoE (Banco da Inglaterra) tem sua reunião hoje, na qual deve aumentar o estímulo monetário via QE.

Nos EUA, o índice futuro do S&P 500 tem leve recuo hoje, de -0,36%, após já ter caído -0,36% ontem. O dólar está alternando ganhos e perdas diante de outras moedas, com o índice DXY estável no momento. Os juros futuros estão recuando, com a Treasury de 10 anos caindo 2 p.b., de 0,73% a.a. para 0,71% a.a.. Mais um dado de pedidos semanais de seguro desemprego sairá hoje, com expectativa de recuo de 1,5 milhão para 1,2 milhão. O índice de atividade do Fed de Filadélfia também será divulgado, com expectativa de melhora de -43 para -21.

Os preços de commodities operam em alta no momento, com o índice geral da Bloomberg subindo 0,42%. No mercado de petróleo, o barril tipo WTI está sendo negociado a US$ 38,35, uma alta de 1,03%.

No Brasil, hoje serão divulgados dados de IGP-M 2º decêndio (que deve subir para 1,37%) e IBC-Br de abril, que deve mostrar recuo de mais de -10% M/M. O Copom reduziu a taxa de juros em 75 pb ontem, para 2,25%, e manteve a porta aberta para novos cortes, sendo que ele qualificou o ajuste monetário remanescente como “pequeno” e “residual”. O real deve se desvalorizar diante do dólar com essa notícia, e a curva de juros deve empinar, com queda nos contratos mais curtos e alta nos mais longos. A queda na bolsa, por sua vez, deve ocorrer devido ao mercado internacional, mas deve ser pequena, devido ao aumento do estímulo monetário e maior percepção de que investidores devem se ver forçados a investir nessa classe de ativo com os juros em patamar tão baixo.

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