Hoje na Economia – 18/09/2020
Mercados operam entre altos e baixos nesta manhã, sem direcional definido em dia de poucos eventos importantes do ponto de vista econômico. Investidores esperam por novos estímulos fiscais nos EUA e em outras partes após os grandes bancos centrais apenas referendarem a atual estância estimulativa de suas políticas monetárias. Dados econômicos divulgados continuam mostrando uma recuperação desigual em várias partes do mundo em meio ao recrudescimento da pandemia do coronavírus.
As bolsas na Ásia fecharam em alta, buscando se recuperar das perdas recentes. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou com ganho de 0,5%. O índice acionário japonês Nikkei subiu 0,18% em Tóquio, impulsionado pelo bom desempenho do setor de tecnologia da informação. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 0,47%; o sul-coreano Kospi se valorizou 0,26% em Seul, enquanto o Taiex ficou praticamente estável (+0,02%) em Taiwan. Na China, as bolsas mostraram altas mais expressivas, devido à ajuda de papéis financeiros e de empresas industriais. Em Xangai, o índice Composto teve valorização de 2,07%, a maior variação diária desde meados de agosto. No mercado de moeda, o dólar é cotado a 104,48 ienes contra 104,75 ienes de ontem à tarde.
As bolsas de ações na Europa abriram em baixa, nesta manhã. Prevalece a preocupação com o aumento dos casos de covid-19. Países que sofreram com intensa onda de contaminações meses atrás e conseguiram conter o avanço do vírus, voltam a se ver diante de novos focos de infecções, obrigando os governos a reverterem as medidas de abertura das economias. O índice pan-europeu de ações STOXX600 opera com queda de 0,16%, no momento. Em Londres, onde foram impostas restrições para abertura de bares e restaurantes, bem como para reunião de mais do que seis pessoas, o índice FTSE100 registra queda de 0,33%. Em Paris, o CAC40 recua 0,36%; mas em Frankfurt, o DAX tem alta discreta de 0,17%. O euro é cotado a US$ 1,1863, contra US$ 1,1845 do final da tarde de ontem.
No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York operam com sinais mistos, deixando dúvidas quanto à direção da abertura dos mercados nesta manhã. O futuro do Dow Jones registra queda discreta de -0,08% no momento; S&P 500 sobe 0,07%; Nasdaq tem alta de 0,12%. Os juros das Treasuries operam majoritariamente em baixa: o juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua um ponto base para 0,68% ao ano. O índice DXY do dólar, que mede o valor da divisa americana diante de uma cesta de moedas, recua 0,15%, situando-se em 92,83 pontos. Será divulgado o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, que deve subir a 75 pontos no dado preliminar de setembro, contra 74,1 do fechamento de agosto.
Os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta manhã. A presença de uma tempestade tropical em formação no Golfo do México ajuda a dar sustentação aos preços. O futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 41,07/barril, com alta de 0,24%.
No mercado doméstico, a Bovespa deve abrir sem direcional claro, acompanhando o desempenho modesto das principais bolsas internacionais. Pesam as indefinições dos governos quanto a novos estímulos fiscais, uma vez que os BCs deixaram claro que esgotaram seus instrumentos para novos estímulos monetários. A taxa de câmbio deve se favorecer da estabilidade do dólar, nesta manhã, ficando próxima de R$ 5,30/US$, enquanto os juros futuros deverão oscilar entre margens estreitas.