Hoje na Economia – 18/09/2023

Cenário Internacional

Nos EUA, o balanço dos dados divulgados na última sexta-feira mostrou atividade ainda resiliente e um quadro inflacionário mais benigno na margem. A produção industrial registrou expansão de 0,4% M/M em agosto, acima do esperado pelo mercado (0,1% M/M) e compatível com variação interanual de 0,2%. A leitura prévia da pesquisa de confiança do consumidor da Universidade de Michigan referente a setembro mostrou queda não esperada das expectativas de inflação. A inflação esperada para 1 ano à frente caiu de 3,5% para 3,1%, enquanto a expectativa mais longa, de 5 a 10 anos, recuou de 3,0% para 2,7%.

Para hoje, a agenda internacional deve ser pouco movimentada, contando apenas com a divulgação do índice NAHB de confiança dos construtores referente a setembro, nos EUA.

 Cenário Brasil

No âmbito local, o Relatório Focus desta segunda-feira trouxe revisões baixistas das projeções de inflação para 2023 e 2024, enquanto o crescimento esperado no curto-prazo seguiu sendo revisado para cima. O consenso para o IPCA de 2023 caiu 7 pb, de 4,93% para 4,86%, refletindo a surpresa baixista do dado de agosto, ao passo que a mediana das expectativas para 2024 foi reduzida de 3,89% para 3,86%. O crescimento esperado para o PIB deste ano subiu de 2,64% para 2,89%, e, em menor magnitude, de 1,47% para 1,50% para 2024.

O IGP-10 referente a setembro, também divulgado nesta manhã, registrou variação de 0,18% M/M, inferior à esperada pelo mercado (0,28% M/M) e compatível com deflação interanual de -6.35%. Os preços ao produtor aceleraram 0,23% neste mês, puxados pela alta de bens industriais, com destaque para o diesel (21,6% M/M). A variação dos preços ao consumidor ficou próxima à estabilidade em setembro (0,02% M/M), com os preços de alimentos compensando o impacto altista da gasolina. O INCC variou 0,18% M/M.