Hoje na Economia – 18/10/2022

Hoje na Economia – 18/10/2022

Economia Internacional

Nos EUA, o Empire Manufacturing divulgado ontem ficou abaixo do esperado, frustrando a expectativa mediana do mercado (-9,1 ante -4,3 esperado e -1,5 no dado anterior). A leitura é de que o dado mostrou uma composição qualitativamente ruim, com queda em embarques, indicando atividade econômica mais fraca, e aumento nos preços pagos, refletindo o aumento do preço do petróleo. Notícia positiva foi o tempo de entrega, que continuou comportado e próximo à média histórica, corroborando a visão de normalização das cadeias de produção.

Na Europa, os dados de confiança seguem em terreno negativo na margem, incorporando os riscos associados ao agravamento do conflito entre Rússia e Ucrânia, do balanço energético e da desaceleração econômica. O índice Zew de Expectativas de outubro na Alemanha veio em -59,2, levemente superior ao número anterior (-61,9), sendo a piora mais expressiva no componente de situação atual, que ficou em -72,2 ante -68,5 esperado e -60,5 no dado anterior. Para a Zona do Euro, o Zew ficou em -59,7, estável em comparação ao dado anterior (-60,7).

Hoje, a agenda conta com a divulgação da produção industrial nos EUA, que deve apresentar avanço de 0,1% M/M em setembro, além do índice NAHB de confiança dos construtores de outubro. Ao longo do dia, Bostic e Kashkari do Fed devem falar.

Economia Nacional

Ontem, o Relatório Focus trouxe nova revisão baixista para a inflação de 2022. O consenso para o IPCA deste ano foi de 5,71% para 5,62%, enquanto a projeção para o IPCA do ano que vem foi de 5% para 4,97%. Para 2024, notícia positiva foi a leve queda na inflação esperada de 3,47% para 3,43%. Em termos de crescimento, a projeção para o PIB deste ano manteve-se ao redor de 2,7%. O PIB de 2023 subiu 5 pb, de 0,54% para 0,59%. A Selic meta de 2022 manteve-se estável em 13,75%, assim como a de 2023, em 11,25%.

O IBC-Br de agosto, também divulgado ontem, surpreendeu negativamente a projeção mediana do mercado, contraindo 1,13% M/M ante variação esperada de -0,7% M/M. Na comparação interanual, o dado de agosto foi compatível com expansão de 4,86%.

O IGP-10 de outubro teve deflação de -1,04% M/M, em linha com o esperado. No acumulado em 12 meses, o IGP-10 chegou a 7,44%. A queda no mês foi puxada pela continuidade do arrefecimento nos preços ao produtor, que caíram 1,44% M/M. Os preços ao consumidor voltaram a variar positivamente, subindo 0,17% M/M. O INCC ficou em 0,01% M/M.

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