Hoje na Economia – 18/11/2021
As principais bolsas internacionais operam sem direcional claro, exibindo variações modestas, nesta manhã de quinta-feira. As preocupações com o avanço de novos casos de Covid-19 na Europa, que somado a possibilidade de a ameaça inflacionária antecipar o aperto monetário nos principais bancos centrais, colocando em risco o crescimento global, minam o sentimento dos investidores no dia de hoje.
Na Ásia, as bolsas fecharam em baixa generalizada. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific registrou queda de 0,40%, acumulando queda próxima de 1%, nesta semana. Os setores de tecnologia foram as principais causas da baixa, com as grandes empresas chinesas registrando fortes quedas. Em Xangai, o índice Composto encerrou o dia com queda de 0,47%, enquanto o Hang Seng perdeu 1,29% em Hong Kong. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,30% em Tóquio, refletindo as quedas nas ações de energia e transportes marítimos. O governo japonês deve anunciar, nos próximos dias, novas medidas na área fiscal para estimular a economia. Na Coreia do Sul, o índice Kospi terminou o pregão amargando perda de 0,51%, por conta da queda das ações das montadoras e empresas ligadas ao consumo. Em Taiwan, o Taiex foi na contramão da maioria e subiu 0,44%.
Na Europa, os principais mercados operam entre altos e baixos, sem um denominador comum. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, exibe alta discreta de 0,08%, no momento. Entre as quedas, destaque para ações ligadas a petróleo, refletindo a queda da commodity no dia de hoje. Em Londres, o FTSE100 manteve a tendência de queda de ontem, recuando 0,16% no momento, predominando a percepção de alta iminente dos juros ingleses para combater a alta dos preços. O CAC40 sobe 0,30% em Paris; em Frankfurt, o DAX exibe alta de 0,13%.
No mercado americano, os yields dos treasuries operam praticamente estáveis. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recuou um ponto base para 1,58% ao ano. O índice DXY do dólar cai 0,09%, no momento, a 95,74 pontos, refletindo as valorizações do euro e da libra inglesa. O euro é negociado a US$ 1,1327€, apreciando 0,07%, no momento; a libra é cotada a US$ 1,3506/£.valorizando 0,15%; a moeda japonesa perde 0,06%, negociada a 114,15 ¥/US$. No entanto, a moeda americana encontra-se próxima das máximas dos últimos 16 meses. O quadro de fortalecimento da economia americana, mostrando avanço no mercado de trabalho, consumo vigoroso e inflação elevada, reforça a expectativa de aperto monetário pelo Fed, o que deve manter a força global do dólar. Os futuros dos mercados acionários de Nova York operam em alta, tentando se recuperar das perdas de ontem. No momento, o futuro do Dow Jones sobe 0,18%; S&P 500 avança 0,29% e o Nasdaq exibe valorização de 0,54%.
Os contratos futuros de petróleo continuam em queda nesta manhã, após o recuo de ontem motivado pelos impactos do avanço da covid-19 sobre a demanda da commodity, como também pela possível liberação de reservas por parte dos EUA e China para conter os preços. Nesta manhã, o contrato futuro do petróleo tipo WTI, para dezembro, é negociado a US$ 77,72/barril, com queda de 0,82%.
No mercado doméstico, prevalece um ambiente de extrema cautela diante de notícias que apontam para crescente afrouxamento fiscal, minando os pilares necessários à sustentação de crescimento econômico com estabilidade de preços. O Ibovespa parece fragilizado e pode perder a marca dos 100 mil pontos, diante da possibilidade de continuidade de queda das bolsas americanas e sem forças para uma reação autônoma. O real deve se manter pressionado, como também os juros futuros diante da piora do quadro fiscal, ameaçado pelo reajuste dos servidores e pela PEC das precatórias.