Hoje na Economia – 18/11/2024

Cenário Internacional

No feriado, o Japão apresentou um PIB do terceiro trimestre acima do esperado, indicando resiliência econômica. Já na China, os dados econômicos vieram mistos, com produção industrial abaixo das expectativas, mas melhora nas vendas no varejo e no setor imobiliário, apontando sinais de recuperação em setores-chave. Nos Estados Unidos, a produção industrial superou as previsões, enquanto as vendas no varejo, embora menos fortes do que o esperado, ainda mostraram crescimento na margem. O índice Empire Manufacturing, que avalia qualitativamente a atividade, registrou surpreendentes 31 pontos contra uma expectativa de 0, destacando o impacto positivo da eleição de novembro na confiança empresarial.

No final de semana e nessa segunda-feira, os discursos de membros do ECB trouxeram visões divergentes sobre as tarifas comerciais. Joachim Nagel alertou para os riscos inflacionários dessas medidas para a Zona do Euro, enquanto Luis de Guindos destacou a preocupação com os efeitos negativos sobre o crescimento econômico em um cenário de guerra comercial.

Cenário Brasil

No Brasil, o mercado segue aguardando o aval do presidente ao pacote fiscal, que pode gerar uma economia de R$ 70 bilhões em dois anos. No entanto, ainda há incertezas sobre quais medidas serão aprovadas e implementadas, mantendo o clima de apreensão nos mercados locais.

Além disso, o relatório Focus trouxe revisões altistas para as projeções de inflação e Selic. A inflação para 2024 foi revisada para 4,64%, e a de 2025 para 4,12%. A taxa Selic ao final de 2025 também foi ajustada para cima, de 11,50% para 12%. Esses números reforçam o desafio do Banco Central em ancorar expectativas em um ambiente de elevada incerteza fiscal e política.