Hoje na Economia – 19/01/2021
As principais bolsas internacionais operam em alta firme, nesta manhã, em mais um dia de busca pelos ativos de risco. Investidores animados com a posse do presidente eleito Joe Biden, na expectativa da implementação de amplo pacote fiscal, que deverá impulsionar o crescimento econômico.
Na Ásia, o movimento de alta prevaleceu entre as principais bolsas de região. O indicador regional de ações, MSCI Asia Pacific, estimulado por ações do setor de tecnologia, registrou valorização de 1,2%, na sessão de hoje. No Japão, o índice Nikkei apurou alta de 1,39% em Tóquio, puxado por ações de montadoras e companhias de semicondutores, como também pela expectativa de recuperação global. A moeda japonesa perdeu valor ante ao dólar, que é negociado a 104,03 ienes, contra 103,70 ienes de ontem à tarde. Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou alta de 2,70%, também favorecido por papéis de tecnologia. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 2,61% em Seul, favorecido por expectativas positivas sobre balanços corporativos. Na China, houve ajustes após ganhos recentes. A bolsa de Xangai fechou em baixa de -0,83%, com realizações de lucros após o forte rali nas primeiras sessões do ano.
Na Europa, além da aposta em mais estímulos à economia pela nova administração americana, impulsionam os mercados notícias sobre sinais de que a pandemia começa a ceder na região. Chances de que a crise política na Itália chegue a um bom termo também ajuda no bom humor. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta discreta de 0,13%, nesta manhã, Em Londres, o FTSE100 sobe 0,23%; o CAC40 tem alta moderada de 0,10% em Paris; em Frankfurt, o DAX valoriza 0,27%. O euro é negociado a US$ 1,2108, se apreciando 0,26%, no momento.
Nos mercados americanos os preços dos ativos espelham a busca de maior risco pelos investidores no dia de hoje. Os investidores estão animados com a posse do presidente eleito dos EUA, Joe Biden, nesta quarta-feira, após a promessa de aprovar, logo de início, um pacote fiscal de estímulos de quase US$ 2,0 trilhões. Hoje, a pessoa indicada para comandar o Tesouro, Janet Yellen, participa de audiência para sua confirmação no Congresso. Ela deve defender um apoio fiscal robusto, considerando que, em um momento de juros próximos de zero, a elevação da dívida pública fica em segundo plano. No momento, o índice DXY do dólar recua 0,13%, situando-se em 90,64 pontos. O juro pago pela Treasury de 10 anos sobe dois pontos base para 1,11% ao ano. No mercado futuro de ações, o índice Dow Jones sobe 0,43%; S&P 500 avança 0,55%; Nasdaq valoriza 0,89%. Investidores também estarão atentos à divulgação dos balanços do Banco of America; Goldman Sachs e Netflix.
No mercado de petróleo, os contratos futuros da commodity operam em alta, buscando recuperação diante do recuo de ontem. As preocupações com o avanço da covid-19 sobre a demanda futura impõem restrições aos ganhos. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para março é negociado a US$ 52,41/barril, subindo 0,10%.
A Bovespa poderá acompanhar o bom humor externo, alimentado pelas expectativas de estímulos à economia pela nova administração nos EUA, mas sem perder de vista o turbulento quadro político doméstico. O real deve se beneficiar de um dólar globalmente mais fraco, enquanto nos DIs futuros os contratos mais longos podem acompanhar a alta das Treasuries, enquanto os curtos devem operar perto da estabilidade à espera do Copom, amanhã.