Hoje na Economia – 19/07/2019

Hoje na Economia – 19/07/2019

Edição 2299

19/07/2019

Um otimismo contido toma conta dos mercados nesta sexta-feira. As decisões estão sendo movimentadas diante da expectativa de que o Fed adote uma política mais agressiva quanto à redução nas taxas de juros na reunião do Fomc no dia 31 próximo. As apostas de um corte de 50 pontos-base aumentaram após comentários “dovish” feitos pelo presidente do Fed de Nova York, John Williams, que mexeram com os mercados americanos na tarde de ontem. Posteriormente, em nota, o Fed NY tentou minimizar a declaração, esclarecendo que o dirigente falava em termos acadêmicos. Outro dirigente do Fed, Richard Clarida, foi menos enfático, mas ressaltou que o papel do Fed é tomar medidas preventivas antes que os indicadores econômicos fiquem muito ruins. Um corte de 25 pontos-base voltou a predominar nas apostas.

Na Ásia, os mercados acionários fecharam majoritariamente em alta. Na bolsa de Tóquio, os investidores se animaram com a postura “dovish” do Fed. O índice Nikkei fechou com alta de 2,0%. Na China, o banco central (PBoC) injetou 471,5 bilhões de yuans no sistema financeiro através de recompras reversas. Economistas aguardam que o PBoC baixe suas taxas de empréstimos e se junte a outros BCs na adoção de medidas acomodatícias. O índice Xangai Composto fechou em alta de 0,79%. As ações coreanas também terminaram em alta diante das crescentes expectativas de estímulos fiscais pelo governo e de uma política mais acomodatícia pelo banco central local. O índice Kospi, da bolsa de Seul, encerrou o dia com valorização de 1,35%. No mercado de moedas, o dólar é cotado a 107,63 ienes de 107,27 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, os índices de ações operam no azul, mas com avanços mais modestos em relação aos observados nos mercados asiáticos no pregão de hoje. Investidores mostram-se otimista quanto às chances de maiores estímulos monetários a serem adotados tanto pelo Fed, como pelo Banco Central Europeu (BCE). No momento, o índice de ações pan-europeu, STOXX600, opera com alta discreta de 0,04%. Os índices FTSE100 de Londres e o CAC40 de Paris operam sem direcional claro, flutuando em torno da estabilidade. Já o DAX tem alta de 0,14% em Frankfurt. O euro é cotado a US$ 1,1234, recuando ante o valor de US$ 1,1277 de ontem à tarde. Os rendimentos dos bônus europeus operam em baixa diante da expectativa de que o BCE promova mudanças em sua meta de inflação e possa anunciar corte na taxa de juros em sua reunião na próxima semana.

No mercado americano, mercados acionários se preparam para mais um dia de ganhos. Os futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York operam com altas firmes, nesta manhã. O futuro do Dow Jones sobe 0,20%; do S&P 500 avança 0,15%; Nasdaq tem ganho de 0,27%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe 0,76% no momento, situando-se em 2,0396% ao ano. O dólar se valoriza frente às principais moedas, com o índice DXY situando-se em 96,98, com alta de 0,20%.

No mercado de petróleo, os contratos futuros operam em alta com o aumento das tensões entre os EUA e o Irã. O presidente Trump declarou, ontem, que um navio americano derrubou um drone iraniano no Estreito de Ormuz. O Irã nega a informação. Nesta manhã, o contrato futuro do produto tipo WTI sobe 1,65%, sendo negociado a US$ 56,20/barril.

Com o recesso no Congresso e uma agenda doméstica esvaziada, a Bovespa deve seguir a tendência ditada pelas principais bolsas internacionais, devendo operar em alta moderada, acompanhando a expectativa de adoção de políticas monetárias estimulativas pelos principais bancos centrais. Taxa de câmbio e juros futuros também serão guiados pelo exterior, acompanhando os juros das Treasuries e dólar.

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