Hoje na Economia – 19/10/2021

Hoje na Economia – 19/10/2021

Os mercados exibem altas moderadas nesta terça-feira, sem muita convicção. Investidores aguardam pela divulgação de balanços corporativos, na expectativa de que tragam bons resultados como trouxeram os balanços de grandes bancos divulgados na semana passada. Lucros acima do projetado podem atenuar as preocupações dos investidores diante da perspectiva de aperto monetário por parte dos grandes bancos centrais diante das pressões inflacionárias alimentadas pela crise energética.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, impulsionadas pelas ações das grandes empresas de tecnologia, seguindo o comportamento positivo mostrado pelo Nasdaq na sessão de ontem. O índice regional MSCI Asia Pacific apurou ganho de 0,70% no pregão de hoje, com destaque para TSMC e Alibaba. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,65%, com destaque para o Softbank, enquanto o Hang Seng avançou 1,49% em Hong Kong impulsionado pelas ações da Alibaba e da Meituan. O sul-coreano Kospi valorizou 0,74% em Seul, com destaque para Samsung Electronics; em Taiwan, o Taiex registrou valorização de 1,17%. Na China, o índice Xangai Composto registrou alta de 0,70%, sendo as maiores valorizações foram de ações do setor agrícola e de fabricantes de alimentos.

As bolsas europeias abriram em alta, mas encontram dificuldades para recuperação das perdas de ontem, quando foram pressionadas por sinais de desaceleração das economias da China e EUA. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta modesta de 0,08%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,04%, enquanto o CAC40 opera em torno da estabilidade em Paris. Em Frankfurt, o DAX também se encontra praticamente estável (+0,01%).

No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York exibem, também, altas moderadas, enquanto se espera por mais balanços de grandes empresas americanas. No momento, o índice futuro do Dow Jones registra alta de 0,22%; S&P 500 sobe 0,31%; Nasdaq valoriza 0,23%. O yield da Treasury de 10 anos recuou dois pontos base para 1,58% ao ano, enquanto o dólar declina frente às principais moedas. O índice DXY do dólar encontra-se em 93,54 pontos, com queda de 0,44%, no momento. O euro é cotado a US$ 1,1656/€, valorizando 0,40%; a libra vale US$ 1,3795/£, apreciando 0,50%. A moeda japonesa é negociada a 114,07¥/US$, apreciando 0,22%. A agenda de hoje traz a participação de dirigentes do Fed (M. Dali do Fed São Francisco e R. Bostic do Fed Atlanta) em eventos ao longo do dia e dados sobre construções de moradias iniciadas.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta, nesta manhã, recuperando da queda de ontem, quando recuaram com as notícias de desaceleração da economia chinesa. Nesta manhã, o contrato futuro do produto tipo WTI para dezembro é negociado a US$ 83,41/barril, com alta de 1,18%.

Os mercados domésticos abrirão repercutindo as notícias sobre nova proposta de arranjo de benefícios sociais, incluindo o Auxílio Brasil e duas parcelas complementares pagas uma dentro e outra fora do teto dos gastos. As primeiras informações indicam que essa proposta levaria os beneficiários a receberem, em média, R$ 400 em 2022. Os mercados devem abrir na defensiva, enquanto observam o desenrolar dos acontecimentos. No câmbio, o Banco Central anunciou para esta manhã um leilão de venda de dólares no spot. O Ibovespa deve abrir em queda e os juros futuros devem ficar pressionados.

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