Hoje na Economia – 20/06/2022

Cenário Internacional

O ambiente externo segue incerto e desafiador, repercutindo mais um índice de atividade abaixo do esperado nos EUA, discursos de membros do FED e a situação do Covid-19 na China. Receio com a possibilidade de recessão vem estressando os mercados.

Divulgada na última sexta-feira, a produção industrial americana foi mais um dado a frustrar negativamente os mercados, crescendo 0,2% M/M em maio ante expectativa de alta de 0,4% M/M, embora o dado anterior, referente a abril, tenha sido revisado para cima (de 1,1% M/M para 1,4% M/M).

Waller e Kashkari, membros do FED,  mantiveram o discurso em tom mais hawkish nos últimos dias, e defenderam que o ritmo do ciclo de aperto monetário pode continuar com mais uma alta de 75 pb e múltiplas de 50 pb até que a inflação arrefeça.

Na China, novos casos de Covid voltaram a surgir em importantes cidades, que seguirão realizando testes em massa, e há risco de imposição de novas restrições à mobilidade.

Cenário Nacional

No Brasil, a questão dos combustíveis foi o foco da discussão na agenda econômica.

Os reajustes anunciados na sexta-feira pela Petrobras nos preços da gasolina e do diesel (5,18% e 14,26%, respectivamente) provocaram enérgica reação do Presidente da Câmara Arthur Lira, que prometeu pressionar a empresa com a imposição de medidas. A possibilidade de novas intervenções na Petrobras e em sua política de preços, mesmo sob o risco de desabastecimento de diesel no país, preocuparam o mercado, repercutindo negativamente sobre os preços de ativos domésticos.