Hoje na Economia: 20/09/2022

Economia Internacional

Nos EUA, o índice NAHB de confiança dos construtores divulgado ontem ficou em 46, ligeiramente abaixo do esperado (47) e desacelerando em comparação ao dado anterior (49), o que reflete a fraqueza do setor imobiliário norte-americano devido às taxas de juros de hipotecas mais altas e aos preços de imóveis ainda em nível elevado.

O Banco Central chinês não surpreendeu e manteve as taxas de juros referenciais para empréstimos de 1 e 5 anos estáveis em 3,65% e 4,3%, respectivamente, em linha com o esperado.

Na Alemanha, a inflação ao produtor de agosto teve forte surpresa altista, tendo avançado 7,9% M/M, ante expectativa de alta de 2,4%, pressionada pelos preços de energia, que subiram mais de 20% no mês. Na comparação interanual, o índice acumula alta de 45,8%.

Para hoje, a agenda internacional conta com a divulgação de novos dados do setor imobiliário nos EUA referentes ao mês de agosto, como a concessão de alvarás para novas construções e as construções de novas residências.

Economia Nacional

O Relatório Focus de ontem trouxe nova rodada de revisões baixistas para a inflação de 2022 e 2023. O consenso para o IPCA deste ano foi de 6,40% para 6,00%, enquanto a projeção para o IPCA do ano que vem caiu 16 pb, de 5,17% para 5,01%. Para 2024, a inflação esperada foi novamente revisada para cima, de 3,47% para 3,50%. Em termos de crescimento, houve novo aumento na projeção para o PIB deste ano, que saiu de 2,39% para 2,65%, depois da surpresa positiva com o número do PIB do 2º trimestre e com outros dados de atividade. O PIB de 2023 foi mantido em 0,50%. A Selic meta de 2022 manteve-se estável em 13,75%, assim como a de 2023, em 11,25%.

Hoje a agenda doméstica não possui maiores destaques, tendo como foco a repercussão das pesquisas eleitorais divulgadas ontem – que seguem mostrando estabilidade de panorama – e à espera do resultado da reunião do COPOM de amanhã.