Hoje na Economia – 20/09/2023
Cenário Internacional
Na China, o Banco Central chinês (PBoC) manteve as taxas de empréstimos de 1 e de 5 anos estáveis em 3,45% e 4,20%, respectivamente, conforme amplamente esperado pelos analistas, mas disse que ainda dispõe de espaço para promover estímulos de política monetária sobre a economia.
No Reino Unido, houve surpresa positiva na divulgação dos dados de inflação ao consumidor referentes a agosto. O índice cheio mostrou variação de 0,3% M/M, inferior à esperada pela projeção mediana do mercado (0,7% M/M), e desacelerou para 6,7% na comparação interanual, ante 7,0% esperado. O núcleo também veio abaixo do esperado pelos analistas (6,2% A/A vs. 6,8% A/A).
O restante da agenda global de hoje terá como destaque a reunião do FOMC. Alinhada com a ampla maioria do mercado, a expectativa da SulAmérica Investimentos é de manutenção da taxa de juros nesta reunião, no patamar atual de 5,25%-5,50%. O comunicado ainda deve deixar em aberto a possibilidade de uma alta de juros adicional à frente e trazer revisões altistas das projeções dos membros do comitê para o crescimento de 2023 e, possivelmente, 2024 e para a trajetória de juros a partir do ano que vem. Por outro lado, as expectativas para a inflação e para os juros neste ano podem ser revistas para baixo.
Cenário Brasil
No âmbito local, o destaque da agenda doméstica de hoje será a reunião do COPOM. A expectativa da SulAmérica Investimentos, em linha com o consenso de mercado, é de que o comitê mantenha o plano de voo e corte a meta para a taxa Selic em 50 pb, de 13,25% para 12,75% ao ano. Em termos de sinalização, avaliamos que o comportamento mais benigno da inflação pode ter suavizado a visão de parte do comitê quanto ao compromisso com a manutenção do ritmo de flexibilização nas próximas reuniões. No todo, nosso cenário base é de manutenção do tom da comunicação anterior, mas reconhecemos uma assimetria dovish.