Hoje na Economia – 21/01/2021
Mercados financeiros internacionais seguem em alta na quinta-feira, com avanços na maior parte das bolsas do mundo e muitas delas atingindo níveis recorde, na expectativa de mais gastos fiscais com a nova administração dos EUA.
Na Ásia, o índice regional MSCI Asia Pacific subiu 0,8%, com altas de 0,82% no índice Nikkei225, 1,07% na bolsa de Xangai e 1,49% no KOSPI de Seul. Por outro lado, houve queda de -0,12% no índice Hang Seng de Hong Kong. O iene está se valorizando diante do dólar,+0,12%, cotado a ¥/US$ 103,42. A reunião do Banco do Japão não mostrou nenhuma novidade, com o nível de estímulo monetário sendo mantido. Na China, o governo anunciou que deve exigir testes de Covid-19 para as pessoas que estão retornando de viagem após o feriado do ano novo lunar chinês.
Na Europa, as bolsas locais alternam ganhos e perdas. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,39%, influenciado pelas altas de 0,07% no FTSE100 de Londres e 0,29% no DAX de Frankfurt. Por outro lado, há queda de -0,23% no CAC40 de Paris. O euro está se valorizando 0,28% contra o dólar, cotado a US$/€ 1,2140. Hoje acontece a reunião do Banco Central Europeu, com a presidente Lagarde podendo tecer mais comentários sobre aumento de estímulos para lidar com a segunda onda de Covid-19 e como as projeções de crescimento podem ter sido ajudadas pelo início da vacinação, que segue predominantemente lento na Zona do Euro.
Nos Estados Unidos, há alta nos índices futuros de ações, após a inauguração do novo presidente dos EUA, Joe Biden, ontem ocorrer sem percalços. O Dow Jones sobe 0,08% e o S&P500 0,14%, com avanço mais significativo no NASDAQ, 0,37%. O dólar está perdendo valor contra quase todas as moedas do mundo, com o índice DXY recuando 0,29%. Os juros futuros estão subindo levemente, com alta de menos de 1 pb no yield da Treasury de 10 anos, para 1,0853% a.a.. Hoje sairão dados de housing (início de novas construções e licenças para construções), que devem ter pouco impacto no mercado, junto com pedidos semanais de seguro desemprego, que devem ter recuado para 935 mil.
A maior parte dos preços de commodities sobe hoje. A exceção é o petróleo, com o barril tipo WTI sendo negociado a US$ 52,88, uma queda de -0,81%, influenciada pelas notícias sobre Covid-19 na China. Os outros preços exibem considerável alta, com o cobre subindo 1,14%, o níquel 2,04%, a soja 0,55% e o milho 1,15%.
O Copom ontem manteve a taxa de juros inalterada em 2%, porém retirou o forward guidance sobre não subir juros. Ele ressaltou que isso não significa que automaticamente haverá altas na Selic nas próximas reuniões por causa disso, citando ainda um cenário de incerteza acerca do ritmo da recuperação da atividade econômica após o recrudescimento dos casos de Covid-19 e a retirada dos estímulos fiscais no Brasil. Ainda assim, a leitura predominante do Copom deverá ser predominantemente hawkish, com os juros futuros subindo nos vencimentos mais curtos e o real se valorizando, ajudado pelo ambiente internacional. A bolsa brasileira, por sua vez, também deve subir, influenciada mais pelo comportamento das bolsas no exterior e pelos preços de commodities.