Hoje na Economia – 21/01/2022
As principais bolsas internacionais operam sem direcional único, nesta sexta-feira, mas com claro viés de baixa. Fracos resultados corporativos divulgados, a perspectiva de iminente aperto monetário pelo Fed e a crescente tensão entre EUA e Rússia pesam sobre o sentimento dos investidores, nesta manhã.
No mercado americano, os rendimentos do Treasuries operam em baixa. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua dois pontos base para 1,78% ao ano. O índice DXY do dólar opera em baixa marginal, revertendo os ganhos de ontem: o índice recua 0,10%, situando-se em 95,64 pontos. O euro é negociado a US$ 1,1337/€, valorizando 0,22%, enquanto a libra se enfraquece na esteira de dados piores do que o esperado pelo setor varejista britânico. No momento, é cotada a US$ 1,3566/£, recuando 0,25%. Num dia de agenda sem indicadores, investidores ficam na expectativa da reunião de política monetária do Fed, na próxima semana. No mercado de ações, os índices futuros das bolsas de Nova York operam sem direção única. Os fracos resultados divulgados pela Netflix reforçam a perspectiva negativa que cerca o setor de tecnologia, em meio a iminência de alta dos juros pelo Fed. No momento, o índice futuro do Nasdaq recua 0,53%; S&P 500 cai 0,32%; enquanto o futuro do Dow Jones opera com alta marginal de 0,06%.
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em baixa, acompanhando as perdas nos mercados de Nova York no pregão de ontem. O índice regional MSCI Asia Pacific fechou com queda de 1,40%, acompanhando o forte movimento global de saída de posições em papéis do setor de tecnologia. O índice Nikkei caiu 0,90% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi perdeu 0,99% em Seul. Na China, o índice Xangai Composto teve baixa de 0,91%; enquanto o Hang Seng apurou alta marginal de 0,05% em Hong Kong. O governo chinês segue atento a eventuais irregularidades no setor de tecnologia do país. Pequim chamou a atençao das operadoras de plataformas de entrega de cargas e empresas de transportes por aplicativos, após registros de reclamações por parte dos motoristas.
As bolsas europeias operam no vermelho, acompanhando a sinalização de baixa dada pelos futuros das bolsas de Nova York e o fraco fechamento dos mercados da Ásia. Além dos fracos balanços divulgados, pesa também a decepção com as vendas no varejo no Reino Unido, que recuaram 3,7% em dezembro ante novembro, vindo bem abaixo das previsões (-0,6% m/m). No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 1,32%. Em Londres, o FTSE100 cai 0,88%; o CAC40 perde 1,17% em Paris; em Frankfurt, o DAX recua 1,34%.
No mercado de petróleo, as cotações da commodity recuam, nesta manhã. Reflexo de reportes mostrando aumento inesperado nos estoques de petróleo nos EUA, abrindo espaço para a realização de lucros. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 83,58/barril, exibindo queda de 2,35%.
Na agenda doméstica, o principal evento será a sanção do Orçamento deste ano. Foco no tratamento a ser dado para o prometido aumento para os policiais federais, bem como ao ajuste nas emendas parlamentares para cobrir um furo de R$ 9 bilhões. Ontem, o governo informou que negocia com o Congresso uma PEC para zerar o PIS/Cofins dos combustíveis e energia elétrica, ainda este ano. Estima-se uma renúncia fiscal de cerca de R$ 57 bilhões. A Bovespa deve operar em baixa na sessão de hoje, acompanhando a queda nas bolsas americanas, principalmente, a Nasdaq. O câmbio deve segurar o atual patamar, acompanhando a estabilidade da moeda americana no dia de hoje, enquanto os juros futuros devem mostrar fracas oscilações após as fortes quedas de ontem.