Hoje na Economia 21/05/2019
Edição 2258
21/05/2019
Mercados de ações abrem em alta firme nesta manhã de terça-feira. O governo americano anunciou isenções temporárias para a companhia chinesa Huawei, atenuando o conflito com o governo chinês, pelo menos temporariamente. As tensões comerciais entre EUA e China, porem, permanecem no radar, gerando cautela, limitando o apetite ao risco.
Na Ásia, as bolsas locais fecharam sem sinal único. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com queda de 0,2%. Na China, o índice Composto de Xangai apurou ganho de 1,23%. Ontem, o Departamento de Comércio dos EUA afirmou que concederá licença de 90 dias para que algumas companhias continuem a exportar para a Huawei e suas associadas, dando algum alívio à companhia de telecomunicações chinesa. Em Hong Kong, o Hang Seng teve queda de 0,47%, com o índice fechando o dia perto das mínimas dos últimos quatro meses. Em Tóquio, o índice Nikkei registrou baixa de 0,14%. O movimento foi influenciado pelas quedas nas ações de eletrônicos e petróleo. O dólar é negociado a 110,18 ienes, subindo em relação ao valor de 110,08 ienes de ontem à tarde. Na Coreia do Sul, o Kospi apurou ganho de 0,27% em Seul, enquanto o Taiex subiu 0,64% em Taiwan.
Na Europa, as bolsas locais operam na maioria em alta no início do pregão de hoje, recuperando-se das quedas de ontem, marcada pela fraca performance das ações de tecnologia, por conta das tensões comerciais entre Washington e Pequim. No momento, o índice STOXX600 registra alta de 0,53%. Em Londres, o FTSE100 avança 0,63%; em Paris, o CAC40 sobe 0,44%; em Frankfurt, o DAX tem ganho de 0,94%. No mercado de moedas, a libra atingiu mínimas em relação ao dólar desde 15 de janeiro, refletindo os temores com o Brexit. No momento, a moeda inglesa é negociada a US$ 1,2696 contra US$ 1,2728 de ontem à tarde. A moeda comum troca de mãos a US$ 1,1152, recuando ante o valor de US$ 1,1169 do final de segunda-feira.
No mercado americano, os futuros de ações apontam para uma abertura positiva para as bolsas de Nova York. O futuro do índice Dow Jones registra alta de 0,42%; o S&P 500 sobe 0,48%; o Nasdaq tem valorização de 0,72%. O juro pago pela Treasury de 10 anos sobe 0,10%, nesta manhã, situando-se em 2,4125% ao ano. O dólar mostra força diante da maioria das moedas. O índice DXY, que mede o valor do dólar diante de uma cesta de moedas fortes, sobe 0,11%, situando-se em 98,04 pontos, o mais alto dos últimos 30 dias.
As cotações dos contratos futuros de petróleo não mostram tendência clara, nesta manhã, flutuando em torno da estabilidade. O fortalecimento do dólar contém o apetite dos investidores a commodities em geral. No momento, o petróleo tipo WTI para julho é negociado a US$ 63,08/barril, com queda discreta de 0,03%.
No mercado brasileiro, a Bovespa deve manter a trajetória de alta observada ontem, acompanhando o mercado global, neste dia de menor aversão ao risco, por conta da "trégua" dada pelo governo Trump à empresa chinesa Huawei. No entanto, o ambiente político interno conturbado pode prejudicar o desempenho da Bovespa. A valorização global do dólar, nesta terça-feira, deve levar a manutenção do valor da moeda americana acima de R$ 4,00/US$.